sexta-feira, 27 de julho de 2012

A História das Armas Aeronáuticas (Parte II)




O tipo inglês mais eficiente, o Bristol Scout, não foi considerado e o desenvolvimento do armamento inglês durante 1915 concentrou-se em torno das incríveis instalações experimentadas em seu tipo mais largamente usado - o BE.2c. Esse avião, que não possuía performance para ações evasivas, tinha o observador colocado na cabine dianteira onde ficava cercado por um labirinto de cabos e estais. O BE.2c não era em nenhum ponto comparável em desempenho ao contemporâneo alemão da classe "C".

BE-2C inglês armado com uma Lewis fixa atirando para trás.
O amamento nunca foi padronizado, sendo a maioria das vezes deixado a cargo de seus pilotos. A Lewis foi testada em quase todos os tipos de montagem (mais de 5 em uma vez) mas nenhuma teve êxito real. O assento do piloto e do observador foram retirados de alguns aviões para colocar a arma em uma posição de fogo mais efetiva, mas isso também não ajudou. A única montagem de arma que alcançou alguma fama foi a desenvolvida pelo Capitão L. A. Strange e denominada "Strange" após sua morte. Foi usada em um pequeno número de BE.2 e BE.12 em 1916. Não tendo nenhum sincronizador, Strange montou sua Lewis ao lado da fuselagem de seu BE.2, apontada para frente e para o lado para desviar a hélice. Uma vez que era necessário voar numa direção e fazer pontaria com a arma para outra, a montagem não foi muito usada. Tornou-se mais uma das interessantes tentativas que foram abandonadas, embora não tenha sido retirada dos esquadrões da "Home Defense" senão em fins de 1917.

Bristol Scout com uma Lewis em montagem "Strange".

Nieuport 10 inglês com uma Lewis na lateral, fixa obliquamente para livrar o disco da hélice e outra sobre a asa.
As primeiras montagens francesas para metralhadoras
Enquanto a falta de armamento britânico eficiente foi causada pela falta de aviões adequados, os franceses não tinham esse problema. Durante o verão de 1915, justamente quando o Fokker E.II estava entrando em serviço, os franceses apareceram com o novo biplano biplace Nieuport 10 que era o primeiro passo na linha de escoltadores franceses usados durante a guerra. Tinham uma grande abertura na seção central da asa superior, através da qual o observador, de pé, podia colocar seus ombros e disparar uma Hotchkiss montada em cima da asa e apontada em ângulo por cima da hélice.

Metralhadora Colt Browning em montagem Lecour Grandmaison em um Caudron G.IV. A caixa transversal acolhe a fita de munição.

Morane Parasol com metralhadora fixa sobre a asa, atirando por sobre a hélice.

Nieuport 10 com uma Hotchkiss sobre a asa atirando em ângulo para desviar a hélice, além de outra à ré.
O Nieuport 10 foi logo retirado de serviço por causa da falta de manobrabilidade, após somente um pequeno numero ter sido fabricado, mas apontou o caminho. Durante os estágios finais da Campanha dos Dardanelos, alguns Nieuport 10 ingleses foram equipados para carregar uma Lewis fixa atirando para frente e 45 graus para cima através de um pequeno furo na seção central da asa superior.
No outono de 1915, quando provavelmente mais de 20 Fokker monoplanos estavam em uso na frente, o Nieuport 11 de 80 hp (Nieuport Bebè) começou a aparecer com uma Hotchkiss numa montagem fixa na asa superior que atirava por sobre a hélice e era disparada por meio de um cabo "Bowden". Em uma forma modificada, tal como a montagem Foster, esse arranjo duraria até o fim da guerra. O "Bebe" foi o primeiro avião aliado que combinou uma instalação de arma efetiva com uma aeronave de primeira classe e era ordinariamente igual ao Fokker, exceto pelos pequenos pentes de 25 balas da Hotchkiss, que forçava os pilotos franceses a abandonar o combate freqüentemente para colocar um novo pente. Os Fokker tinham uma cinta de cerca de 100 projéteis e essa era uma das razões que levaram ao abandono da Hotchkiss em favor da Lewis e da Vickers.

Dois Nieuport 10 do RNAS (Royal Naval Air Service) na Campanha dos Dardanelos, equipados com uma Lewis manejada pelo observador, apontada em ângulo para a frente por cima da hélice através de uma abertura na seção central da asa superior. Uma mira telescópica Aldis ajudava na pontaria.

Nieuport 11C1 francês com uma Lewis em montagem escamoteável sobre a asa e disparada através de um cabo.

Monoplano biplace Morane Saulnier Tipo L com uma Lewis sobre a asa e manejada pelo observador em pé.
Os franceses, assim como os ingleses, estavam atrasados no armamento eficiente de seus aviões de observação e por razões semelhantes. Os Voisin, Farman e Caudron franceses, tão largamente usados, como os BE.2c ingleses, eram simplesmente inadequados para combate. Novamente a falha apareceu, não com as metralhadoras que eram usadas em pequeno número, mas com os aviões que tinham freqüentemente um enorme ponto cego atrás de si e uma performance que rapidamente tornou-os obsoletos. Uma boa montagem para arma flexível, comparável à alemã, fez a maior falta. Outros países também desenvolveram montagem próprias, adaptadas em aviões franceses e inglesas.
Combates aéreos em 1915
Os mais importantes aviões de combate de ambos os lados antes de janeiro de 1916 eram: o exageradamente famoso Fokker E.III, com o armamento mais eficiente do seu tempo; o Nieuport XI, muito promissor, mas com um armamento que limitava sua utilização e o medíocre Vickers FB.5 (raramente houve mais de uma dúzia em serviço na frente durante toda a sua carreira).
A existência desses tipos contemporaneamente é enganadora, todavia como combates entre dois escoltadores fossem raros, a superioridade que um poderia ter sobre outro não pode ser percebida. A grande maioria dos combates eram entre um escoltador e um observador, ou entre dois observadores. Uma das razões principais foi a ordem baixada pelos alemães, proibindo os Fokker de voar sobre a linha de frente, para evitar que o sincronizador caísse nas mãos dos aliados.
O sucesso dos Fokker era principalmente contra aviões de observação e foi tão exagerado que, apesar das perdas infligidas não serem proibitivas, o período entre fins de 1915 e começo de 1916 tornou-se conhecido como o "Flagelo de Fokker".
Desenvolvimento do Fokker Eindecker
Durante o inverno de 1915/16, diversos avanços importantes ocorreram que tornaram a guerra aérea mais mortífera. O primeiro foi o envio para as frentes de combate dos primeiros Fokker E.III em dezembro de 1915. Era o E.II amado com duas metralhadoras, dobrando a potência de tiro e deixando para trás os franceses e ingleses na corrida do armamento aéreo. Estes não tinham nada comparável e somente apareceram com seus primeiros escoltadores com duas armas mais de um ano depois. O E.III estava adiante do seu tempo mesmo na Alemanha, porque diversos outros escoltadores que apareceram em 1916 carregavam somente uma metralhadora.
O último modelo dos monoplanos a ser construído foi o Fokker E.IV e deve ser estabelecido aqui que, apesar de ser um modelo experimental, mostrou a maneira de pensar de Fokker de estar adiante de seu tempo, ele completa a história do avião que muitos autores tornaram o mais famoso da 1a guerra. Um E.IV tinha um motor capturado Le Rhone rotativo de 160 hp e 3 metralhadoras sincronizadas montadas no capô. Esse foi construído por Fokker na primavera de 1916 expressamente para Max Immelmann, na época o maior ás da aviação, mas foi abandonado após um acidente no ar que quase arrancou o motor da fuselagem. Os modelos E.IV padrão tinham somente duas metralhadoras.

O Eindecker de Max Immelmann com 3 metralhadoras Spandau. Com o peso das armas o avião tinha seu desempenho prejudicado.

Outro Fokker E.IV especialmente armado com três Spandau IMG08 para o ás Leutnant Kurt Wintgens e equipado com motor rotativo duplo Oberursel de 160 hp. Mesmo com o motor mais potente o aparelho ainda tinha sua performance diminuída e o conceito de 3 armas foi abandonado.
Os franceses adotam o armamento inglês
Os franceses finalmente abandonaram a Hotchkiss como arma fixa e começaram a conversão para a Lewis inglesa. Isso aumentou tremendamente o poder dos Nieuport, sendo aumentado o número de balas carregadas, de 25 para 47. O Nieuport 17 de princípios de 1916, foi o primeiro avião francês a ter a Lewis como armamento padrão, os modelos iniciais retiveram a montagem por sobre a asa dos Nieuport XV.
Os ingleses colocaram em serviço os FE.2 e os DH.2 impulsores ao mesmo tempo e apesar deles não contribuírem quase nada para com o desenvolvimento do amamento aéreo, ajudaram a escrever o fim do Fokker Eindecker.

Montagem "Moreau" francesa escamoteável para uma Lewis sobre a asa de um Nieuport 17.

Outra foto da mesma montagem em um Nieuport 17.

A mesma montagem usando uma Lewis encamisada.

Montagem italiana de duas posições para uma Lewis sobre a asa de um Macchi-Nieuport 16.

Montagem italiana de duas posições para um Nieuport 16. A metralhadora parece um modelo de infantaria, com coronha de madeira.

Montagem dupla em um Nieuport 16 belga, para duas Lewis fixas.

Um FE.2c inglês armado com uma metralhadora na proa.

Montagem inglesa "DeHavilland" para uma metralhadora Lewis na proa de um DH.2.

Um DH-2 capturado pelos alemães.

Metralhadora Lewis adaptada em um BE.2c inglês para atirar para trás.

Metralhadora dupla italiana Villar-Perosa capturada, adaptada em um caça alemão Albatros D.III.

Metralhadora Lewis capturada adaptada em um monoplace Albatros D.V alemão.
Os ingleses desenvolvem sincronizadores em 1916
Embora os aliados não tivessem capturado nenhum Fokker armado até 8 de abril de 1916, quase um ano depois que eles entraram em serviço, não demoraram a compreender que os alemães tinham algum tipo de sincronizador. A data acima refuta a alegação de Fokker de que o mecanismo aliado era cópia do seu original. Antigos desenvolvimentos ingleses podem ser claramente documentados, embora as experiências francesas sejam mais difíceis de se seguir.
Na realidade, como na Alemanha, sugestões para o mecanismo foram apresentadas na Inglaterra antes da guerra, mas não foram ouvidas. Finalmente, sob o ímpeto dos Fokker Eindecker durante o inverno de 1915/16, não menos de 4 foram desenvolvidos; 3 pelo RFC e 1 pelo RNAS. O primeiro tipo do RFC foi provavelmente o equipamento de Challenger em dezembro de 1915, fabricado pela Vickers pelo desenhista do "Gunbus" e que aparentemente tornou-se e sincronizador Vickers, que o RFC padronizou em 1916. O primeiro aparelho equipado com o sincronizador Vickers a aparecer na frente foi um Bristol Scout em 25 de março de 1916. Poucos foram produzidos e foi com a chegada do Sopwith 1 ½ Strutter que o sincronizador foi produzido em maiores quantidades.
Um australiano na Sopwith, H. A. Kauper, desenvolveu outro sincronizador que foi usado em pequena quantidade em aviões da Sopwith durante o mesmo período e era um verdadeiro interruptor, contudo foi abandonado quase que imediatamente tão logo outros desenhos apareceram.

Sincronizador Sopwith-Kauper.
Devido à falta de um equipamento oficial, o Major A. V. Bettington do RFC, estacionado na França, desenvolveu em princípios de 1916 um sincronizador que se tornou promissor, mas foi relegado em favor do Vickers. Era ele conhecido como "ARSIAD", que eram as iniciais de seu local de desenho, a "Aeroplane Repair Section of No 1 Aircraft Depot" (Seção de Reparo de Aviões do Depósito de Aviões No 1).
O único tipo de sincronizador do RNAS e que se tornou padrão foi iniciado em janeiro de 1916, quando o Tenente Comandante V. V. Dibovsky da Marinha Imperial Russa propôs a idéia ao RNAS. O desenvolvimento do desenho foi feito pelo Warrant Officer F. W. Scarff e o sincronizador Scarff-Dibovsky foi usado pela primeira vez em grande número no Sopwith 1 ½ Strutter (que foi desenhado originalmente para o RNAS). Infelizmente tinha pequena velocidade de tiro.

Sopwith 1 1/2 Strutter com sincronizador para a metralhadora no capô do motor.
O sincronizador Vickers é padronizado
Todos os 4 sincronizadores acima usavam a metralhadora Vickers .303, a qual tinha sido rejeitada antes da guerra em favor da Lewis nas montagens flexíveis, mas a Vickers tornou-se a arma fixa ideal. Era um pouco mais segura, podia ser facilmente adaptada para uso com sincronizador e principalmente, era alimentada por cinta. Não era limitada pelos pentes de 47 tiros da Lewis que necessitavam ser trocados após poucos segundos de fogo.
O primeiro sincronizador francês
No lado francês houveram indubitavelmente as mesmas antigas propostas, mas o único tipo do qual existem informações acuradas foi desenhado para a metralhadora Lewis pelo Sargento Mecânico Alkon. Antes de ele completar o trabalho, a Vickers foi introduzida em serviço e dessa maneira o equipamento de Alkon foi usado somente em alguns Nieuport 17 que entraram em serviço na primavera de 1916. Nessa época, os aviadores americanos da Esquadrilha Lafayette receberam esses aviões para substituir os Nieuport XI e usaram o sincronizador com bons resultados, abatendo um certo número de alemães. Esse uso da Vickers pelos franceses marcou o fim gradual da Hotchkiss como arma fixa, embora ela tenha permanecido por pouco tempo como ama flexível, antes de ser substituída pela Lewis.
Os sincronizadores aliados em combate
Assim, durante a primavera de 1916, os poucos aviões ingleses e franceses equipados com sincronizador começaram a chegar à frente de combate, mas em número tão pequeno que seu efeito imediato foi muito pequeno. Como o avião inglês Sopwith 1 ½ Strutter não era propriamente um escoltador, mas sim um avião de reconhecimento armado e bombardeio diurno, sobrou para o Nieuport a tarefa de levar adiante a caça. Sem um avião escoltador do tipo trator próprio, os ingleses colocaram seus aviões franceses em serviço nos esquadrões. Um dos mais antigos ases ingleses a voar os "V strutter" foi Albert Ball, que em maio de 1916 teve um acidente que não era muito raro quando o sincronizador não estava perfeitamente ajustado e estilhaçou sua hélice sobre território alemão. Até essa época, nem o equipamento Fokker estava livre de falhas, porque parece que Max Immelmann morreu em 18 de junho de 1916 em seu monoplano quando arrancou uma pá da hélice e a vibração resultante partiu o avião em dois (a história oficial inglesa reivindica como vitória, porque um FE.2b estava atirando nele nesse momento).
A montagem circular Scarff
Somente com o SPAD VII do verão de 1916 é que os franceses obtiveram seu primeiro escoltador desenhado desde o principio para usar o sincronizador; enquanto o primeiro desenho inglês, o Sopwith Pup chegou à frente em 24 de dezembro de 1916. Nesse tempo os alemães estavam um pouco mais a frente, como poderemos ver, mas primeiro retornemos ao 1 ½ Strutter, porque ele daria o exemplo para outros desenvolvimentos aliados. A cabine do observador era equipada com a montagem circular "Scarff no 2", carregando uma arma Lewis que podia atirar em todas as direções, podia ser elevada facilmente e fixada em qualquer posição. Essa montagem foi desenhada pelo mesmo indivíduo que desenvolveu o sincronizador Scarff e deu ao observador uma liberdade de ação que ele não tinha até então com as toscas montagens anteriores. O equipamento de Scarff foi padronizado em todos os aviões aliados e foi usado até muito depois da guerra. Era, uma montagem melhor que a usada nos aviões alemães da classe "C" do ano posterior. Somente no último ano da guerra é que os alemães trocaram as montagens circulares Schneider por outra comparável ao anel Scarff no 2.

Montagem Scarff com metralhadora Lewis em um Bristol Fighter.

Biplace inglês com Lewis duplas em montagem circular Scarff. Observe a culatra de uma Vickers sincronizada na lateral da fuselagem.
Os biplaces alemães recebem sincronizadores
Os alemães não estavam atrás ao armar seus biplaces com sincronizadores, tais como alguns Albatros C.III, provavelmente o tipo mais usado, que foram armados durante a primavera de 1916 e gradualmente isso foi sendo adotado para todos os aparelhos da classe "C". Assim, a despeito do tremendo avanço de tecnologia apresentado pelo Sopwith 1 ½ Strutter sobre os outros tipos contemporâneos ingleses e franceses, os alemães estavam na frente e durante o verão deram outro passo adiante.

Note a metralhadora Spandau sincronizada ao lado do motor deste Albatros C.III.
A metralhadora alemã LMG.08/15 Spandau
Em julho de 1916 entrou em uso o Halberstadt D.II com uma metralhadora Spandau no capô, marcando o início da substituição da Parabellum como arma fixa. O pequeno número de Parabellum leves disponíveis e a crescente demanda de armas para aviões por fim forçou os alemães a buscar outras fontes. A metralhadora padrão da infantaria, Spandau 08/15, com sua jaqueta dÂ’água removida e outras partes modificadas foi a resposta. Embora 50% mais pesada, era disponível em quantidades ilimitadas. Inicialmente era modificada pela Fokker, mas com o aumento da demanda uma subsidiária separada, a Companhia Alemã de Aviões e Armamentos, fabricante do sincronizador, modificava a Spandau para produzir o conjunto completo.
A partir daí e até o fim da guerra, a Spandau foi a arma sincronizada padrão e a Parabellum a arma flexível em uso pelos alemães.

Metralhadora alemã Spandau.
Os alemães introduzem os escoltadores com duas armas
A mais importante mudança nos armamentos ocorreu com o Halberstadt D.II e o novo Albatros D.I de setembro de 1916, os quais tinham duas metralhadoras Spandau atirando através do disco da hélice, passando novamente os aliados para trás. O primeiro escoltador inglês com duas armas foi o Camel que chegou à frente 10 meses depois, embora seja necessário acrescentar que só o amamento não determinava a superioridade de um avião sobre outro menos armado. Era a combinação de todas as características de vôo, performance, armamento e experiência do piloto que tornava um aparelho superior.

Spandau em montagem dupla para o Albatros D.I.

Brandenburg W.12 com duas Spandau sincronizadas em cada lado do motor. O piloto tinha acesso livre às culatras para rearmar as armas e para remover munição engasgada.

Um sincronizador desregulado causava estragos no próprio avião.
Os aliados introduzem a montagem Foster-Cooper
Os Albatros D.I e os Halberstadt D.II tinham tal superioridade sobre os escoltadores impulsores e também sobre os biplaces dos aliados que essa superioridade culminou com o episódio conhecido como "Abril Sangrento" em 1917. Contra essa força formidável os franceses e ingleses somente podiam colocar seus Nieuport 17, os quais eram, na maioria, equipados com uma Lewis montada na asa superior, vez que os sincronizadores eram ainda extremamente escassos. Os únicos melhoramentos importantes foram a Lewis com tambores duplos de munição e a montagem Foster-Cooper (usualmente chamada montagem Foster), desenvolvida pelo Sargento Foster e o Capitão H. A. Cooper do 11o Esquadrão do RFC.
A Lewis com tambor duplo foi usada pela primeira vez em julho de 1916, contendo 97 tiros em lugar dos 47 normais e reduziu muito o número de vezes que os pilotos aliados tinham que abandonar o combate para trocar o tambor.
Em outubro do 1916, a montagem Foster usada nos Nieuport foi um sucesso imediato. A arma de cima da asa podia agora ser puxada para trás sobre um trilho que a mantinha em posição, ao invés de simplesmente a permitir ficar ao sabor da corrente de ar, enquanto o piloto tentava colocar um novo pente de balas e esquivar-se dos tiros inimigos ao mesmo tempo.

Montagem Foster-Cooper. A Lewis tem um tambor simples para 47 tiros.

Maneira de substituir em vôo o tambor duplo de 97 tiros de uma Lewis em montagem Foster-Cooper.

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