segunda-feira, 30 de julho de 2012

Marlene Dietrich - Lili Marleen (Wehrmacht - színes filmen)

Marlene Dietrich - Lili Marleen

Marlene Dietrich



“Lili Marlene" ou como no original em alemão, “Lili Marleen", famosa canção alemã interpretado por Marlene Dietrich que se tornou o hino extra-oficial dos soldados de infantaria de ambos os lados na Segunda Guerra Mundial.

A letra foi originariamente escrita em 1915 na forma de um poema por um soldado alemão da Primeira Guerra chamado Hans Leip. Posteriormente publicado em uma coletânea de sua poesia em 1937, as metáforas e a emoção do poema chamaram a atenção de Norbert Schultze, que o transformou em musica em 1938.

Lili Marlene se tornou uma canção de guerra quando foi transmitida por uma rádio alemã em Belgrado e foi captada pelos soldados alemães do Afrika Korps. Rommel gostou tanto da música que solicitou a Radio Belgrado que a incorporasse em sua programação, no que foi atendido. A canção era tocada às 21:55h todas as noites imediatamente antes do fim das transmissões.

Os aliados escutaram a música e Lili Marlene se tornou a melodia favorita dos dois lados, a despeito do idioma. Os saudosos soldados eram levados às lágrimas pela voz da, até então, desconhecida cantora Lale Andersen, que se tornou uma estrela internacional. No entanto, a cantora mais famosa foi Marlene Dietrich, que começou a cantar a música em 1943.

A enorme popularidade da versão alemã induziu a criação de uma apressada versão em inglês escrita pelo

compositor britânico Tommie Connor em 1944 e transmitida pela BBC para as tropas aliadas.


sexta-feira, 27 de julho de 2012

A Campanha Americana no Litoral do Brasil (1941-1945)




Em 1941, a Task-Force 3 da US Navy, sob o comando do Contra-Almirante Jonas Howard Ingram, com base em San Juan, Porto Rico, tinha sua área de atuação no Caribe. Em fevereiro de 1942 sua denominação foi alterada para Task-Force 23 e o QG transferido para Recife, Pernambuco, encarregada agora do patrulhamento do Atlântico Sul.
Para proteção das bases navais e aéreas, já haviam desembarcado em 19 de dezembro de 1941, as 17a, 18a e 19a Companhias Provisórias de Fuzileiros Navais americanos em Belém, Natal e Recife, onde ficaram providenciando a segurança das instalações militares até abril de 1944, quando retornaram aos EUA. Essas duas providências militares dos Estados Unidos ocorreram antes de nossa entrada na guerra. Os fuzileiros foram proibidos de portar armas até nossa entrada na guerra e ficaram aquartelados no navio Patoka.
Após a declaração de estado de guerra entre o Brasil e a Alemanha em agosto de 1942, a Força Naval do Nordeste, da Marinha de Guerra do Brasil, passou ao comando da TF 23, como Força-Tarefa 1, em 12.09.42, depois teve a designação alterada para Força-Tarefa 46. Em 15.09.42 é criado pela marinha americana o ComSoLant (Commander South Atlantic) com as atribuições de comando de teatro de operações na área do Atlântico Sul. Em 15.03.43, a Task-Force 23 passa a ser grandemente aumentada, tendo sua denominação alterada para 4a Frota, assumindo inclusive em 20.05.43, além de unidades de nossa Marinha de Guerra, o controle dos seguintes grupos anti-submarinos da Força Aérea Brasileira: 1º Grupo de Bombardeio Médio, com Venturas em Recife, 2º Grupo de Bombardeio Médio com Hudson em Salvador e o 2º Grupo de Patrulha do Galeão, com Catalina, todos como Força-Tarefa 49.
Com a diminuição das operações em 14.04.45, a 4a Frota, tornou-se a Task-Force 27, voltando aos Estados Unidos após o final da guerra.
Os navios americanos que serviram com a força, foram:
cruzadores ligeiros CL-4 Omaha, CL-5 Milwaukee, CL-6 Cincinnatti, CL-12 Marblehead, CL-13 Memphis e CL-42 Savannah;

O cruzador leve CL-4 Omaha.

CL-5 Milwaukee.

O CL-6 Cincinnatti veio para Recife em 1944.

CL-12 Marblehead.

O cruzador leve CL-13 Memphis, capitania da 4a Frota.

CL-42 Savannah.
Porta-aviões de escolta CVE-29 Santee, CVE-59 Mission Bay, CVE-64 Tripoli e CVE-67 Salomons;

Porta-aviões escolta CVE-29 Santee em 1943.

O porta-aviões escolta CVE-59 Mission Bay com camuflagem no casco para parecer mais de um navio.

O CVE-64 Tripoli.

Eastern FM-2 do esquadrão VC-9 do porta-aviões de escolta CVE-67 Salomons. Pintura esquema Atlântico anti-submarino #2, com Non-Specular Dark Gull Grey por cima, Non-Specular Insignia White nas laterais e Glossy Insignia White nas superfícies inferiores.
Destróieres DD-358 McDougal, DD-381 Somers, DD-396 Jouett, DD-395 Davis, DD-383 Warrigton, DD-215 Borie, DD-248 Barry, DD-211 Alden, DD-216 John D. Edwards, DD-217 Whipple, DD-228 John D. Ford, DD-362 Moffet, DD-359 Winslow, DD-249 Livermore, DD-430 Eberle, Kearney, Ericson, DD-154 Ellis, DD-418 Roe e DD-247 Goff; destróieres tender de hidroaviões AVD-3 George E. Badger, AVD-4 Clemson, AVD-8 Belknap, AVD-9 Osmond Ingram e AVD-13 Greene;

O destróier DD-381 Somers.
Tender de hidroaviões AVP-1 Lapwing, AVP-3 Thrush, AVP-9 Sandpiper, AVP-10 Barnegat, AVP-21 Humboldt, AVP-22 Matagorda, AVP-29 Rockway e AVP-50 Rehoboth;

O tender de hidroaviões AVP-21 Humbolt.

O tender AVP-22 Matagorda.

AVP-29 Rockway abastecendo um PBM-3 Mariner do VP-211 na baia de Todos os Santos, Salvador.
Contratorpedeiros de escolta DE-99 Cannon (foi para a Marinha do Brasil como Benevente), DE-100 Christopher (Baependi), DE-101 Alger (Babitonga), DE-174 Marts (Bocaina), DE-175 Pennewill (Bertioga), DE-176 Micka, DE-177 Reybold (Bracuí), DE-178 Herzog (Beberibe), DE-179 McAnn (Bauru), DE-180 Trumpeter, DE-181 Straub e DE-182 Gustafson. Entre parênteses os navios passados para a Marinha do Brasil em 1944 e 1945;
Corvetas PG-63 Surprise, PG-64 Spry, PG-65 Saucy, PG-70 Courage e PG-71 Tenacity;
Vrredores AM-70 Flicker, AM-76 Linnet, AM-255 Jubilant, AM-256 Knave, AM-257 Lance, AM-258 Logic, AM-259 Lucid, AM-260 Magnet, YMS-44, YMS-45, YMS-60 e YMS-76;
26 caça-submarinos PC-488 a PC-495, PC-574 a PC-577, PC-592 a PC-595, PC-609 e PC-610;
Patrulheiros PY-13 Siren e PY-19 Cornelian e 20 barcos guarda-costas;
Navios-auxiliares AO-9 Patoka, Nitro, Perseverance e Big Pebble, YO-70, YO-138, YO-149, YR-135, YR-45, YF-324, YFD-27, YFD-38 e YCK-43;

O Patoka em 1940.
rebocadores AT-82 Carib, AT-91 Seneca, Houn, Pegassus, Uncas, Sacagawea, ATR-7 e ATR-43.
Esses navios afundaram os navios alemães rompedores de bloqueio Essemberger em 21.11.42, o Wesserland em 02.01.44, o Rio Grande em 04.01.44, o Burgenland em 05.01.44 (Omaha e Jouett), o Karin em 10.03.43 (Savannah, Santee, Eberle e Livermore), além de auxiliar no afundamento do submarino U-128. O submarino U-860 do Fregattenkapitän Paul Buchel, foi afundado em 15.06.44 por aviões TBF-1C Avenger e FM-2 Wildcat do Esquadrão VC-9 do porta-aviões de escolta CVE-67 Salomons. O Avenger do Ensign George E. Edward e outro do Lieutenant (jg) W. F. Chamberlain foram abatidos com a perda de todos os seis tripulantes. Vinte e um sobreviventes do submarino foram resgatados pelo destróier DE-181 Straub.
Em 16.02.43 foi criada nos Estados Unidos a Fleet Air Wing 16, sob o comando do Captain Rossmore D. Lyon, que em 13.04.43 estabeleceu o QG em Natal-Parnamirim, passando para Recife em julho, subordinando os esquadrões de aviões patrulha da 4a Fleet, mais um esquadrão de Quartel General (HEDRON 16) e outro de uso geral (VD-2). Este perdeu o Lockheed R5O Lodestar BuNo.39630 no pouso em Caravelas, Bahia, em 05.11.43. Em 14.04.45 a FAW 16 tornou-se o Task-Force 27.4 até seu regresso aos Estados Unidos. Os esquadrões de patrulha americanos que operaram no Brasil, por ordem de chegada, foram:

Marinheiros americanos trabalhando no motor de um Vought OS2U em Natal.
VP-52 - Patrol Squadron 52 - com 12 hidroaviões Consolidated Vultee PBY-5 Catalina, sob o comando do LCDR Thomas A. Turner Jr., subordinado à Fleet Air Wing 3 com QG no Panamá, chegou à Natal-Rampa em 12 de dezembro de 1941, vindo de Guantanamo, Cuba, apoiado pelo navio tender de hidroaviões AVP-3 Trush. Permaneceu em Natal até 27.04.42, sendo substituído pelo esquadrão VP-83 e foi transferido para as Bermudas e depois para a Nova Guiné, sudoeste do Pacífico, onde operou os Black Cats, os Catalinas pintados de preto que operavam à noite contra bases e o tráfego marítimo japonês. Durante sua permanência no Brasil manteve patrulhas constantes mas não teve contacto com submarinos inimigos.
Em 9 de abril de 1942 o PBY-5 do Lieutenant (jg) Mark M. Bolin fez um pouso em mar aberto para recolher 13 sobreviventes do navio tanque americano Eugene V R Thayer, afundado a tiros de canhão pelo submarino italiano Calvi na noite anterior, 120 milhas a nordeste de Fortaleza.

PBY-5 Catalina do Esquadrão VP-52

A base naval de hidroaviões conhecida como Natal-Rampa.
VP-83 - Sob o comando do Lieutenant Commander Ralph Sperry Clarke, fixou-se em Natal-Parnamirim em 09.04.42 com um destacamento de 6 PBY-5A Catalina anfíbios, subordinado à Fleet Air Wing 11 com QG em Porto Rico. Em 08.06.42 o restante do esquadrão partiu para Natal vindo de NAS Norfolk, Virgínia e manteve um destacamento na Ilha de Ascensão. Perdeu o Catalina 83-P-12 BuNo. 7252 do Lieutenant (jg) C. H. Skidmore em 13.06.42, durante uma tempestade na chegada de sua esquadrilha em Natal, com 5 mortos e 3 sobreviventes.
O primeiro ataque a submarino no Atlântico Sul ocorreu em 23.05.42, quando o Catalina 83P2 BuNo 7263, do Lieutenant (jg) Allan R. Waggoner atacou o submarino italiano Archimede a 220 milhas a nordeste de Fortaleza. Apesar da ajuda de um avião Curtiss SOC catapultado pelo cruzador CL-5 Milwaukee, o submarino escapou sem danos. Em setembro de 1942 o LTCD Almon E. Loomis assumiu o comando da Unidade. Em novembro a primeira matilha de oito U-boats foi posicionada de Fortaleza para nordeste, afundando 12 mercantes aliados em um mês, ajudados pelo submarino italiano Tazzoli, que afundou mais dois. O VP-83 em dezembro atacou sem sucesso o U-126, o U-174 em duas ocasiões, o U-161 e o U-176.
O Catalina 83-P-2, sob o comando do Lieutenant (jg) William Render Ford afundou o submarino alemão U-164 do Korvettenkapitän Otto Fechner na superfície a 130 quilômetros a nordeste de Fortaleza em 06.01.43 com dois sobreviventes.

O Catalina 83-P-2.

O Catalina 83P2 do VP-83.

O Catalina 83-P-2 afundou o submarino U-164 em 01.01.43.

Foto do ataque ao U-164.
O Catalina 83-P-10, sob o comando do Lieutenant (jg) Lloyd Ludwig atacou e afundou o U-507 do Korvettenkapitän Harro Schacht na superfície, ao largo da Paraíba em 13.01.43. Em uma viagem anterior, em agosto de 1942, o U-507 havia afundado cinco navios brasileiros em dois dias entre Salvador e Recife, inclusive o Baependy, com a perda de 228 soldados do Exército Brasileiro e 56 tripulantes, além de duas baterias de artilharia. Devido a esses afundamentos o Brasil declarou guerra à Alemanha e Itália em 22.08.42. Em janeiro de 1943 assumiu o comando do esquadrão o LTCD Bertram J. Prueher.

Foto do ataque ao U-507, afundado pelo 83-P-10.
Em 15.04.43, O Esquadrão afundou o submarino italiano Archimede do Comandante Guido Sacardo, na superfície próximo a Fernando de Noronha, com os PBY-5A 83-P-5 e 83-P-12 sob o comando do Ensign Thurmond E. Robertson e do Lieutenant Gerard Bradford Jr., respectivamente. Trinta sobreviventes subiram em botes salva-vidas, mas apenas um bote foi encontrado 27 dias depois por pescadores brasileiros na foz do rio Amazonas, com um sobrevivente e dois mortos a bordo.

O afundamento do "Archimede" em 15.04.43.
O Catalina BuNo. 7245 acidentou-se no mar em 14.12.42, a 210 quilômetros de Natal, a tripulação sendo recolhida por um navio inglês. O Esquadrão permaneceu no Brasil até 01.05.43, voltando para a base naval NAS Norfolk para reequipar com os PB4Y-1 Liberators e voltou ao Brasil como Esquadrão VB-107.


PBY-5A 83-P-7 BuNo 2480 do VP-83, desembarcando os dois únicos sobreviventes do submarino U-164 em Natal em 23.01.43.

O Catalina 83-P-8 sendo reabastecido em Natal.

O Catalina 83-P-4 em Natal.
VP-74 - Com o aumento da atividade inimiga na costa do nordeste, o Esquadrão VP-74 foi remanejado de Trinidad, chegando a Natal-Rampa em 18.12.42 com 12 hidroaviões Martin PBM-3 Mariner, sob o comando do LCDR J. C. Toth e assistido pelo navio tender de hidroaviões AVP-21 Humboldt.
Em 16 de fevereiro de 1943, trocou seu equipamento por hidroaviões PBM-3C. Enviou um destacamento de 3 aviões para Salvador-Aratu em 20 de março e os demais seguiram em 28 de abril, permanecendo apenas um em Natal.
Em 25 de junho um destacamento de 2 aviões foi enviado para a o Aeroporto Santos Dumont no Rio de Janeiro e depois para a Base Aérea do Galeão.
Em 24 de fevereiro o esquadrão teve a primeira experiência da nova tática dos U-boats de permanecer na superfície e combater o avião assaltante, quando o aparelho do Ensign W. J. Barnard avistou um submarino na superfície no ato de torpedear um navio. Na sua corrida para o ataque o piloto notou que o submarino permaneceu na superfície e abriu fogo com uma antiaérea pesada e certeira. O avião abortou o ataque e escapou sem danos, mas perdeu de vista o U-boat que submergiu. Os submarinos alemães estavam sendo equipados com canhões antiaéreos quádruplos de 20 mm e se tornavam um perigo para os aviões atacantes quando estes perdiam o elemento surpresa. Em maio e junho de 1943, 10 U-boats rumaram para a costa brasileira, patrulhando entre a Guiana Francesa e o Rio de Janeiro, iniciando o período de intensos ataques que ficou conhecido como "July Blitz", quando afundaram 19 navios aliados a um custo de 8 U-boats.
Os PBMs 74-P-5 "Nickle Boat" e 74-P-6, do Lieutenant Harold C. Carey e do Lieutenant Howland S. Davis, respectivamente avariam o U-128 do Kapitänleutnant Hermann Steinert próximo a Maceió em 17.05.43, que acabou afundado a tiros de canhão pelos destróieres Moffet e Jouett, que recolheram 51 prisioneiros a bordo.

O U-128 sob ataque dos Mariner do VP-74 em 17.05.43.

Um PBM-3 do esquadrão VP-74 na rampa em Natal. Atrás um Boeing 314 ainda nas cores da Pan American.
O Esquadrão afundou o U-513 do Kapitänleutnant Friedrich-Fritz Guggenberger em 19.07.43 com o Mariner 74-P-5 "Nickle Boat" do Lieutenant (jg) Roy S. Whitcomb ao largo de Florianópolis. O U-boat decidiu permanecer na superfície e oferecer combate, mas 6 cargas de profundidade liquidaram o submarino.
O PBM-3C BuNo. 6571 foi derrubado pela artilharia do U-199 em 24.07.43 com a perda de toda a tripulação composta pelo Lieutenant (jg) Harold C Carey, Lieutenant (jg) John A. Helms, Ensign Robert G. Smith, ACMM James L. Manson, AMM2c Joseph J. Kofka, ARCM William F. Maggie Jr., ARM2c Robert R. Hundi, AMM2c Norman A. Miller, AOM2c George W. Persinger e S2c James E. Burke. No dia seguinte o esquadrão Iniciou buscas a esse U-boat e o 74-P-7 do Lieutenant (jg) Walter F. Smith localizou o submarino e iniciou o combate que resultou no afundamento do U-199 do Kapitänleutnant Hans-Werner Kraus pelo Catalina 2 da FAB, pilotado pelo Aspirante da Reserva Convocado Alberto Martins Torres, em 31.07.43 ao largo de Cabo Frio.
Afundou o U-161 do Kapitänleutnant Albrecht Achilles ao largo de Salvador com o Mariner 74-P-2 do Lieutenant (jg) Harry B. Patterson em 27.09.43. Dois tripulantes da aeronave foram feridos pela antiaérea do submarino.
Em 18.01.43 o Mariner BuNo. 6472 sofreu avarias leves ao colidir com uma balsa no pouso em Natal-Rampa. Voltou para a base NAS Norfolk, Virginia em 16.10.43.

PBM-3C "Nickle Boat" do VP-74 com duas silhuetas de submarino pintadas na fuselagem dianteira, representando os ataques ao U-128 e U-513.

A tripulação do PBM-3C "Nickle Boat" de volta aos Estados Unidos.
VP-94 - Chegou a Natal-Parnamirim com 11 PBY-5A Catalina anfíbios, em 21.01.43 sob o comando do LCDR Joseph B. Tibbets e subordinado à Fleet Air Wing 11. Estabeleceu destacamentos em Belém em junho de 1943 e no aeroporto Santos Dumont, Rio de Janeiro de 24 de junho a 13 de julho. Mudou o comando para Belém em 18.07.43, deixando um destacamento de 5 aeronaves em Natal. Manteve destacamentos em Fortaleza de 03 de novembro a 19 de dezembro, em Recife de 30 de novembro a 24 de dezembro de 1943, em Fernando de Noronha de 03 de fevereiro a 15 de maio de 1944, em São Luiz-Tirirical de 03 de fevereiro a 14 de março de 1944, na ilha de Trinidad e em Zandery Field, Guiana Holandesa, de 20 de dezembro de 1943 a 08 de março de 1944.
O LCDR H. R. Swenson assumiu o comando em 12.11.43 e permaneceu até a desativação do esquadrão. Em abril de 1944 o VP-94 ministrou em Belém um curso para pilotos e tripulantes da FAB que iriam operar hidroaviões Catalina. Em 10.04.44 passou a ser subordinado à Fleet Air Wing 16 e mudou o QG para Maceió em 29 de abril. Em 15 de maio transferiu novamente o QG para Salvador-Ipitanga, mantendo destacamentos em Maceió até 29.09.44, em Fernando de Noronha de 01 a 07 de julho de 1944, em Caravelas, Bahia, de 06 a 31 de julho de 1944, na Base Aérea de Santa Cruz, no Rio, de 10 de julho a 05 de agosto de 1944.
Novo destacamento de 5 aparelhos foi para Santa Cruz em 10 de agosto sob o comando do Lieutenant Commander Richard J. Craig, para, junto com o Headquaters Squadron 16 (HEDRON 16), ministrar um curso no uso de Catalinas anfíbios e seu emprego em guerra anti-submarina, para tripulações e técnicos da FAB até 29 de setembro de 1944. Esses brasileiros foram depois enviados para Salvador-Ipitanga e Belém para a parte prática do curso, junto ao corpo principal do VPB-45 e do VP-94, respectivamente.
Em 01 de outubro teve a designação alterada para Patrol Bombing Squadron 94, VPB-94. Permaneceu no Brasil até 12.12.44 quando voltou para a base NAS Norfolk e foi desativado em 22.12.44. No Brasil, teve seu lugar preenchido pelo 1º Grupo de Patrulha da FAB ao qual entregou todo seu equipamento e os 15 Catalinas da sua dotação.
O corpo principal de Belém afundou o U-590 do Kapitän Werner Krüer ao largo do Amapá em 09.07.43 com o 94-P-1 BuNo 2955 do Lieutenant (jg) Stanley Ernest Auslander e co-piloto o Lieutenant (jg) John Milton Elliot, após ter o Catalina 94-P-10, BuNo. 2472 do Lieutenant (jg) Frank Fisher Hare sido avariado pela antiaérea do submarino, vindo o piloto a falecer e o co-piloto Lieutenant (jg) Jean P.Phelps, apesar de ferido, continuou o ataque e depois levou a aeronave em segurança para Belém a 350 milhas de distância. Não houve sobreviventes do submarino.
Novamente o destacamento de Belém, em 21.07.43, afundou o U-662 do Oberleutnant Heinz-Eberhard Müller também ao largo do Amapá, este último com o PBY-5A 94-P-4 do Lieutenant (jg) Richard H. Rowland que foi avariado pela anti-aérea do submarino, com um ferido a bordo. A tripulação do avião lançou botes para os sobreviventes do submarino, que foram recolhidos mais tarde pelo navio de patrulha PC 494.
Em 03.06.43 o 94-P-5 BuNo. 04405 do Lieutenant (jg) Donald M. Faulkner perdeu-se e efetuou pouso forçado na praia sem vítimas, sendo abandonado depois de ser dinamitado. O Catalina 94-P-10 do Lieutenant (jg) Joseph D. Engels decolou de Belém em 28.11.43, para uma escolta de comboio desapareceu com toda a tripulação composta pelos Lieutenant Theodore S. Stritter, Lieutenant (jg) Joseph D. Engels, Lieutenant Kenneth P Rauer, AMM2c E. J. Webb Jr., AMM3c W. A. Sexton, AMM3c L. D. Johnson, AMM3c C.R Strickland, ARM3c D. Stavros, ARM3c W. F Maher e AOM3c H.F. Cunniff.

Natal. Um PBY-5a do VP-94 em 1942, na base de hidroaviões conhecida como "A Rampa"

O U-662 do Oberleutnant Heinz-Eberhard Müller sob ataque do PBY-5A 94-P-4 em 21.07.43.

Um tripulante ferido do U-662 é desembarcado de um Catalina.

Consolidated PBY-5A Catalina BuNo. 04405 do VP-94 após o pouso forçado na praia. Toda a tripulação foi resgatada sem ferimentos. Após a retirada de todos os equipamentos aproveitáveis, a carcaça foi dinamitada e abandonada no local.

Um blimp tipo K sobrevoa o Catalina na praia.

PBY-5A do esquadrão VP-94 durante destacamento em Fernando de Noronha.

Duas fotos das instalações americanas em Fernando de Noronha.
VB-127 - Bombing Squadron 127 - Chegou em Natal-Parnamirim com 12 bimotores Lockheed PV-1 Ventura em 14.05.43, sob o comando do LCDR William E. Lentner Jr., enviando um destacamento de 8 aeronaves em junho para Fortaleza-Pici Field. Em 7 de junho o comando passou para o Lieutenant Commander Richard L. Friede.
Afundou o U-591 do Oberleutnant Raimar Ziesmer ao largo do Recife em 31.07.43 com o Ventura 127-B-10 do Lieutenant (jg) Young. Vinte e oito submarinistas, de uma tripulação de 49 se salvaram, inclusive o capitão e foram recolhidos pelo navio patrulha Saucy PG 65.
Perdeu um PV-1 em junho de 1943, sem detalhes conhecidos e o PV-1 BuNo.29920 do Lieutenant J. R. Marr, que perdeu potência no motor direito na decolagem em Natal-Parnamirim e caiu no rio Potengi, em 01.08.43 com 5 mortos. Em 07 de julho assumiu o comando o LCDR Richard L. Friede. Perdeu ainda o Ventura BuNo. 48907 no mar, perto de Natal em 09.05.44. Em 02.09.43 foi para Port Lyautey, Marrocos para operações no Mediterrâneo.

Ventura do VB-127.
VB-129 - Chegou a Natal-Parnamirim em 30.05.43 vindo da base naval NAAF Boca Chica, Flórida, com 12 PV-1 Ventura sob o comando do LCDR Jamie E. Jones, indo para Recife-Ibura em 15.06.43. Em 24 de julho foi para a base de Salvador-Ipitanga, sendo a primeira unidade da US Navy ali instalada, que fora anteriormente o campo da Pan American Airways. Compartilhava o local com um esquadrão de Hudson da FAB. Este esquadrão e mais o VP-74, baseado em Salvador-Aratu ficaram sob o comando do comandante do VB-129, o oficial mais antigo na área.
Ajudou no afundamento do U-604 quando, em 30 de julho, o Ventura do Lieutenant Commander Thomas D. Davies atacou esse U-boat na superfície perto do litoral da Bahia e o danificou seriamente apesar da antiaérea do submarino. Perdeu o PV-1 BuNo. 33187 sobre o mar em 11.06.43 em vôo de adaptação com 5 tripulantes desaparecidos, outro em 30.06.43, outro em 27.08.43 e mais dois PV-1 em Ipitanga em 19.11.43, todos devido a acidentes. Perdeu ainda 3 oficiais e 3 praças num acidente com um aparelho do Naval Air Transport Service entre Salvador e Rio de Janeiro. Em 07.02.44 voltou para a base NAS Quonset Point, Rhode Island.

PV-1 do VB-129.

O submarino U-604 sob ataque do Ventura do Lieutenant Commander Thomas D. Davies.
Glossário:
ACOMAviation Chief Ordnanceman. Posto hierárquico da marinha americana.
ACMMAviation Chief Machinist Mate. Posto hierárquico da marinha americana.
ACRMAviation Chief Radioman. Posto hierárquico da marinha americana.
AFCAviation Fire Control. Posto hierárquico da marinha americana.
AMMAviation Machinist Mate. Posto hierárquico da marinha americana.
AMMCAviation Machinist Mate - Aviation Carburetor Mechanic. Posto hierárquico da marinha americana.
AMMFAviation Machinist Mate - Aviation Flight Engineer. Posto hierárquico da marinha americana.
AOMAviation Ordenanceman. Posto hierárquico da marinha americana.
ARMAviation Radioman. Posto hierárquico da marinha americana.
AOMBAviation Ordenanceman - Bombsight Mechanic. Posto hierárquico da marinha americana.
BuNo.Bureau of Aeronautics number. Prefixo na matrícula dos aviões da marinha americana.
Ens.Ensign. Posto hierárquico da marinha americana.
ERCOEngineering and Research Company, a empresa que fabricou as torres de bola SH-1, retrofitada no nariz dos Liberator PB4Y da marinha americana em Litchfield Park, Arizona.
esquema Atlântico anti-submarino #2Camuflagem especial para os aviões da marinha americana usados sobre a área do Atlântico Sul. As cores eram Non-Specular Dark Gull Grey por cima, Non-Specular Insignia White nas laterais e Glossy Insignia White nas superfícies inferiores.
jgJunior grade - oficial da reserva convocado.
KorvettenkapitänCapitão de corveta. Posto hierárquico da marinha alemã.
LCDRLieutenant Commander. Posto da hierarquia naval americana.
LeutnantPosto hierárquico da marinha alemã.
LTLieutenant. Tenente da marinha americana.
NASNaval Air Station. Base aérea naval de 1a classe.
NAFNaval Air Facility. Base aérea naval de apoio.
NATSNaval Air Transport Service.
OberleutnantPrimeiro Tenente na marinha alemã.
QGQuartel-General.
rompedores de bloqueioBarcos cargueiros alemães com armamento pesado que se camuflavam como mercantes de países neutros e serviam para levar matéria prima para o Reich.
Task-ForceForça-Tarefa.
U-boatSubmarino alemão.
USBATUUnited States Brasil Training Unit. Curso de treinamento antisubmarino ministrado ao pessoal da FAB.
USAAFU. S. Army Air Force. Força Aérea do Exército dos Estados Unidos.
USNRU. S. Naval Reserve.
US NavyUnited States Navy. Marinha dos Estados Unidos.

A História das Armas Aeronáuticas (Parte IV)

Os franceses desenvolvem o único escoltador equipado com canhão
Certamente o uso mais interessante do canhão foi no SPAD S.XIICa1, o único escoltador assim equipado para combate durante a guerra. A biografia de Guynemer o credita com o fornecimento de idéias para esse escoltador e se refere a ele como o "avião magnífico". O SPAD S.XII tinha um canhão Puteaux de 37 mm abrigado no motor Hispano-Suiza em "V", atirando através do eixo de hélice oco (não através de um virabrequim oco).
O primeiro aparelho do pequeno lote produzido foi entregue a Guynemer em 5 de julho de 1917 e com essa máquina ele abateu suas vítimas de número 49 até 52. Tinha diversos defeitos sérios - com o canhão atirando apenas uma bala por vez, somente podia ser confiado a ases como Guynemer, Nunguesser e Fonch e a fumaça era o castigo do piloto. Nem os ingleses nem os alemães enviaram um escoltador comparável à frente, mas os franceses não fizeram nenhum desenvolvimento adicional.

O motor Hispano-Suiza do SPAD S.XII mostrando a culatra do canhão de 37 mm.

O canhão Puteaux entre os cilindros de um motor Hispano-Suiza.
Os foguetes ar-ar de 1916
Provavelmente a arma mais espetacular usada por qualquer lado tenha sido o foguete Le Prieur, inventado pelo Tenente Y. G. Le Prieur da Marinha Francesa. Os foguetes foram primeiramente usados no verão de 1916 e eram usualmente montados em feixes de 4 de cada lado dos montantes entre asas. Os foguetes foram desenvolvidos para incendiar balões de observação no tempo em que a munição incendiária estava no período de aperfeiçoamento. Os foguetes foram retirados de uso em menos de 1 ano.
Seu uso era problemático para o piloto que tinha que mergulhar sobre o alvo na velocidade máxima e dispará-los em salva de uma distancia máxima de 150 metros, para que os mesmos tivessem efeito. Isso dava pouca margem a erros. Os resultados eram notáveis, como em 25 de junho de 1916, quando 4 dos 15 balões que atuavam na frente do Somme foram destruídos em meia hora.
Aparentemente o Nieuport foi o primeiro escoltador empregado para carregar foguetes e foi com ele que os pilotos ingleses Ball e A. M. Walters usaram os foguetes contra aviões inimigos, no único caso documentado. Ball errou sua salva, mas um dos oito foguetes de Walters abateu um LVG.

Nieuport 10 com foguetes Le Prieur.

Outro tipo de montagem para foguetes usados em um SPAD 7.
A metralhadora de 11 mm
Com a introdução da munição incendiária, a caça aos balões tornou-se mais eficiente. Todavia ainda era difícil incendiar o balão alemão Drachen com munição calibre .303, porque o projétil era pequeno e não deixava escapar muito gás na sua passagem. Durante o ano de 1917, a França desenvolveu uma metralhadora Vickers modificada especialmente para ser usada contra balões inimigos.
Um moderado número de aviões franceses foi equipado com essa arma durante 1918. Não há notícias de que os ingleses a tenham adotado, mas os belgas, que usavam equipamento francês, tinham cerca de meia dúzia de escoltadores Hanriots assim equipados. O caçador de balões belga William Coppens, em uma ocasião incendiou um balão e abateu um escoltador alemão com apenas 6 balas da metralhadora de 11 mm. Os Estados Unidos fabricaram 900 dessas amas durante a últimos 5 meses da guerra, mas é duvidoso que elas tenham entrado em ação nos aparelhos americanos.

Munição de 11 mm para a Vickers modificada em fita clipada.
A evolução da munição
Para completar a história do armamento, alguma referencia deve ser feita ao desenvolvimento da munição, porque a melhor metralhadora seria completamente ineficaz se a munição correta não fosse usada. Infelizmente, é virtualmente impossível traçar os desenvolvimentos franceses e alemães nesse campo, porém o trabalho inglês pode ser fácil e completamente documentado. De vez que esses vários tipos entraram em serviço com ambos os adversários quase ao mesmo tempo, as datas inglesas são suficientes.
A munição original empregada em 1914 tinha ponta encamisada em aço como padrão. Balas blindadas que apareceram depois empregavam os mesmos materiais, mas com alma de aço endurecido para uso contra motores e depois contra blindagens.
Balas traçadoras - o primeiro tipo especial para a aviação a entrar em serviço foi desenvolvido na Inglaterra antes da guerra. O desenho original não teve sucesso devido a alta percentagem de "precoces" e "cegas". Foi usada até que o novo tipo "Sparklet", ou SPK Mark VIIT, fosse introduzida em julho de 1916. Somente em casos raros elas podiam incendiar algo, pois foram projetadas para produzir um rastro luminoso de 500 metros de comprimento, proveniente de uma bolinha incandescente colocada em sua base, auxiliando a pontaria.
As balas incendiárias eram completamente diferentes no uso e na construção. Não produziam rastro luminoso mas deixavam uma trilha de fumaça. Essa munição continha uma pequena quantidade de fósforo na ponta que a força centrífuga arremessava através de um pequeno furo no lado, produzindo uma espiral azul de 350 metros de comprimento. Ela foi patenteada por J. F. Buckingham em janeiro de 1915, que começou a remetê-las para o RNAS em dezembro. Primariamente concebida para ser usada contra zeppelins, chegou à frente em quantidade considerável. O nariz macio para dar maior efeito contra os balões foi introduzido em junho de 1916 e foi usado até o fim da guerra.
A bala explosiva foi desenhada para incendiar o gás dos dirigíveis e era sensível o bastante para explodir ao atingir o tecido do invólucro. Continha uma bolinha de explosivo na ponta que podia facilmente secionar o montante da asa de um avião. Dois tipos foram usados - um aperfeiçoado pelo Comandante F. A. Brook e outro por John Pomeroy. Este último começou seu trabalho antes da guerra mas os dois tipos só foram encomendados pela primeira vez em maio de 1916, após o ciclo de aperfeiçoamento normal. Eram tão sensíveis que eram empacotadas em algodão nos pentes e eram raramente usadas em metralhadoras sincronizadas, porque um tiro que atingisse a hélice bastaria para abater o avião. Eram mais largamente usadas pelos esquadrões da "Home Defense".
Os ingleses tentaram oficialmente abolir o uso das balas explosivas contra aviões (e até certa extensão as incendiárias), porque os ferimentos que elas causavam eram extremamente dolorosos. Todavia, os aviadores na frente (provavelmente dos dois lados) tornaram-se convictos de que o inimigo estava usando-as sem restrições e começaram então a difundir o uso de balas incendiárias com rajadas ocasionais de explosivas.
A carga de uma arma inglesa padrão consistia de: 3 comuns, 1 traçadora, 1 perfurante e 1 incendiária, essa seqüência sempre repetida. Durante o último ano da guerra, os ingleses usaram uma combinação secreta incendiária-explosiva, designada RTS e a enviaram à frente em setembro de 1918. Os alemães tinham as mesmas categorias gerais, mas fizeram uso anterior da carga múltipla. Sua incendiária mais efetiva combinava as qualidades de perfurante e explosiva. A França e os Estados Unidos usaram munição inglesa na maioria das vezes.

Munição .303 em fita de pano para a metralhadora Vickers.

Munição pesada usada na Grande Guerra: a partir da esquerda uma 7.92x57 de rifle para dar a escala, 2cm Becker (20x70RB), 25mm Revelli-Fiat (25x87), Vickers 1 Pr Mk 3 (37x69R; com espoleta sensível No.131), Maxim 1 Pr pom-pom (37x94R), Vickers 1½ Pr Mark B (37x123R), "Tube canon M1902" (37x201R) francês, 1½ Pr C.O.W. Gun (37x190), 1.59" Vickers-Crayford (40x79R) e 47 mm Hotchkiss (47x131R).

Outros projéteis usados: 11x59R (11mm Gras Vickers), 11.4x60R (.450 Gatling), 11.7x59R (577/450 Martini), 25x88R (1 polegada Gatling), 25x94R (1 polegada Nordenfelt), 25x87R (1 polegada Vickers), 25.4x87 (Revelli-FIAT), 37x94R (Hotchkiss e Maxim), 37x101SR (Sockelflak), 37x69R (Vickers 1 Pr Mk III) e 37x190 (COW gun).
Defesa noturna contra Zeppelins e bombardeiros
Os danos políticos e à moral da população eram infinitamente maiores que os estragos provocados pelos Zeppelins e Gothas em raides noturnos contra cidades na Inglaterra, França e Itália, e bem mais perigosos para as tripulações desses aparelhos que para os habitantes das grandes cidades. Mesmo assim foram tomadas providências para armar aviões que pudessem combater esses ataques.
Na Inglaterra a Home Defense colocou em prontidão diversos monoplaces armados com uma metralhadora para voar à noite em patrulha sobre as grandes cidades. Na maioria eram Avro 504K e RAF BE.2C convertidos. Na noite de 2 para 3 de setembro de 1916 um aviador inglês conseguiu abater o dirigível Schutee-Lanz SL.11, que caiu perto de Londres. Depois disso alguns bombardeiros Gotha e Giants foram abatidos em raides noturnos sobre a Inglaterra.

Biplace BE.2C armado com duas Lewis flexíveis para o observador na cabine dianteira e mais uma fixa para o piloto atrás. Todas tiveram a jaqueta retirada e substituída por guarnição de madeira de fuzil Lee Enfield.

Montagem vertical flexível para duas Lewis, instalada em um BE.12 monoplace para combate noturno anti-zeppelin. A metralhadora da direita tem uma mira iluminada.

F.E.2b inglês usado como monoplace para caça-noturna, equipado com duas versões diferentes de metralhadora Lewis.

F.E.2b de caça-noturna com duas Lewis presas a um holofote. A hélice sob o nariz é de um gerador elétrico para o farol.

Na noite de 3 de setembro de 1916 o Tenente inglês W. Lefee Robinson abateu o dirigível alemão L11 sobre a cidade de Londres, voando um BE.2c armado com uma Lewis em montagem fixa para cima.

Bristol Fighter armado com 4 Lewis para caça noturna.

FE.2B inglês com holofote e gerador franceses Cibié para caça noturna.
Na França, aproveitando o dínamo e o farol elétrico inventados por Léon Cibié, foram adaptados diversos aviões com esse equipamento e metralhadoras para atingir os dirigíveis que atacavam à noite. Posteriormente um aparelho Breguet foi equipado com um canhão também para a defesa noturna.

Farman F.40 biplace equipado com um farol regulável Cibié e uma metralhadora em montagem flexível.

Breguet 12Ca2 armado com farol de busca e um canhão de 37 mm para a defesa noturna de Paris.

Os zeppelins se defendiam. Na foto o posto dorsal dianteiro em um zeppelin em 1915, mostrando três metralhadoras Parabellum em montagem de tripé