quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Base Aérea de Natal - Parnamirim Field



 
Em 2 de março de 1942, é criada a Base Aérea de Natal (BANT), através do Decreto Lei nº 4.142 assinado pelo ministro da aeronáutica, Salgado Filho, durante o governo de Getúlio Vargas. Para a população, simplesmente a “Base”.

A construção foi financiada pelo governo dos Estados Unidos da América, e fez parte do engajamento do Brasil no esforço de guerra dos Aliados contra o Eixo, no maior conflito armado que a humanidade já viu conhecida como Segunda Grande Guerra. Em uma área com mais de 9 milhões de metros quadrados, foram construídas novas pistas asfaltadas onde poderiam operar aviões bombardeiros de porte médio, além de pistas secundárias de rolagem, áreas de estacionamento e hangares, assim como todo o equipamento necessário no auxilio a navegação aérea, comunicação e operações.

Parnamirim Field possuía instalações onde poderiam alojar-se 1.800 oficiais e mais de 2.700 praças, necessários ao andamento das operações. Era a parte leste da Base, ocupada pelos americanos, enquanto a oeste ficava a cargo da FAB. A partir daí, o “Trampolim da vitória” estava montado. Uma verdadeira ponte aérea foi criada entre a Base e a África, abastecendo as tropas que lá lutavam contra o nazi-facismo.


Uma nova estrada foi aberta e pavimentada, em apenas seis semanas, ligando o porto de Natal a Base, para agilizar o transporte de cargas. A conta de todo o projeto foi paga pelo governo dos Estados Unidos. Seis mil trabalhadores se revezaram dia e noite, a um custo 9,5 milhões de dólares, para concluir os trabalhos.


Mas antes mesmo da formalização do acordo entre Brasil e Estados Unidos, e da declaração de guerra do governo brasileiro ao eixo (Alemanha, Itália e Japão), em junho de 1941 alguns bombardeiros da US Air Force disfarçados de cargueiros já passaram pela Base, com destino a África.

No auge de sua ocupação e funcionamento, teve pousos e decolagens a cada minuto, e aproximadamente 15 mil pessoas transitando, entre civis e militares, além de possuir estrutura completa de uma cidade com bares, teatro, cinema, mercado e igrejas. Essa movimentação toda, e a nova cultura que trazem esses norte-americanos com sua música, língua, festas, alimentos e dólares vai transformar em demasia o cotidiano da até então, pacata capital.


Ainda hoje há, na Base, prédios construídos pelos norte-americanos na segunda guerra mundial em perfeito estado de conservação, contrastando com a modernidade dos atuais caças que ocupam os também modernos hangares.
 
fontes:http://1000tao.blogspot.com.br/2012/03/base-aerea-de-natal-parnamirim-field.html

 

 

 
 
 
 
 
 
Ainda hoje há, na Base, prédios construídos pelos norte-americanos na segunda guerra mundial em perfeito estado de conservação, contrastando com a modernidade dos atuais caças que ocupam os também modernos hangares.
fontes:http://1000tao.blogspot.com.br/2012/03/base-aerea-de-natal-parnamirim-field.html


 

 

Pin-Up! Divas de Papel



Primeiras imagens surgiram em 1890
As primeiras artes de mulheres famosas desenhadas em poses insinuantes surgiram em 1890 e já causavam grande choque na época, mas o termo Pin Up surgiria apenas em 1941, na Inglaterra, com a Segunda Guerra Mundial.
 


O Significado

A tradução livre para Pin Up é “pendurado”. Sim, divas de papel que ficavam penduradas para apreciação dos homens em diversos locais, como oficinas mecânicas, armários, paredes, murais de fotos, painéis de carro, geladeiras, etc.
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Musas dos soldados durante a guerra

Sucesso durante a Segunda Grande Guerra

As pin-ups se destacaram mesmo durante a Segunda Guerra Mundial através da revista americana Esquire. A revista era distribuída para os soldados americanos durante a guerra e grande parte do conteúdo era reservada às musas pin-ups, elevando-as à patente de “Deusas da Guerra”. Daí surgiriam piu-ups usando uniformes da marinha, exército e com bandeiras estreladas.
As pin-ups viraram febre na guerra. Elas estavam em todos os lugares, nos maços de cigarro, nos bolsos, armários e tatuagens dos soldados e alcançaram o ponto mais alto quando ganharam destaque nas fuselagens dos aviões de guerra.
 

A moda em Natal na Segunda Guerra

 
Um panorama de como era a moda em Natal durante a Segunda Guerra quando a capital potiguar foi invadida por quase 20 mil americanos. O texto abaixo foi originalmente publicado na revista Glam. As fotos que ilustram o artigo são do arquivo de Minervino Wanderley. Segue na íntegra:
Natal, rua Ulisses caldas, um dia qualquer do ano de 1943. Um grupo de soldados americanos visitam uma loja à procura de um item raro e valiosíssimo no período. Eles não são os primeiros. A fama da loja atravessou o oceano e, antes mesmo de chegarem a Natal, eles já sabem que precisarão visitar o lugar.
A loja é a Casa Rio – que anos depois deu origem às lojas Rio Center, que existem até hoje na cidade. Os jovens americanos, como sempre, vestem seus uniformes cáqui e chamam atenção por onde passam. O que eles procuram de tão valioso? Meia-calça de seda!
Um par delas vale a felicidade de uma noiva, uma irmã, uma mãe, e a gratidão eterna dessas figuras femininas quando ele voltar para casa.
A cena repetiu-se durante todos os anos em que os americanos estiveram por aqui.
Quem conta é dona Guiomar Araújo, viúva de Alcides Araújo, que administrava a loja junto com o pai.
 
“Os americanos ficavam doidos quando viam que a gente vendia meia-calça. Eles diziam que não tinha mais meia-calça no mundo por causa da guerra. Compravam muito, pagavam em dólar. Eu e Alcides tivemos que pedir muito mais peças para o fornecedor em São Paulo. Era um pedido tão grande que o fornecedor achou que a gente estava de brincadeira, e ligou muito pra mim muito chateado. Eu disse ‘mande as meias que eu pago adiantado’! Enquanto os americanos estiveram por aqui, vendi mais meia-calça que na minha vida toda, eu acho” relembra ela, com uma memória irretocável para os seus 90 anos.
A história contada por dona Guiomar nos diz muito sobre a realidade de Natal no período da Segunda Guerra, principalmente sobre a moda e sua ligação com os hábitos e costumes da população – que é o que interessa a este artigo. Mas para entender o que acontecia, precisamos primeiramente entender como a Segunda Guerra Mundial modificou a moda no mundo.
 
A guerra e o mundo
No início dos anos 40, Paris ainda dominava a geografia da moda. Podia-se dizer que a capital francesa era o centro do mundo no mapa da alta costura. E foi a partir de Paris que vieram as mudanças drásticas, impostas pela Ocupação, que transformou o visual das mulheres da década de 40.
 
A estética do glamour dos anos 30 foi declarada decadente pela política nazista alemã. No livro ‘A moda do século’, François Baudot registrou:
“A parisiense emagrece, suas roupas ficam mais pesadas e as solas de sapatos também. (…) assim, a partir de 1940 está proibido mais de que quatro metros de tecido para um mantô e um metro para chemisier (exceção feita apenas para as grávidas). Nenhum cinto de couro deve ter mais de quatro centímetros de largura.”
 
Durante toda a década, a estética será dominada pelo racionamento de roupas, a economia de botões e outros aviamentos e a reciclagem de peças antigas – teria surgido aí a customização?
Além disso, as mulheres sofrem com o sumiço da meia-calça. Todo o naylon e a seda produzidos na Europa eram aproveitados na fabricação de pára-quedas, e as – antes elegantíssimas – parisienses agora tem que se contentar com o uso de meias soquetes.
 
Com o tempo, as meias curtas passam a ser utilizadas até mesmo com vestidos de festas. Outra alternativa é maquiar as pernas e desenhar um traço fino na parte de trás, lembrando a costura da meia-calça. Essa é uma imagem icônica do período.



É famosa – e curiosa – também a história contada no livro ‘Moda & Guerra: Um retrato da França ocupada’ , de um soldado que, ao fim da guerra, levou o pára-quedas na mala para fazer o vestido de noiva da namorada.


E assim as pessoas sobreviviam nos duros anos 40.
O tailleur com ares de uniforme militar, de ombros largos e saia reta, é o modelo mais usado no período.
 
O único elemento do visual feminino que não sofreu racionamento foram os chapéus. Isso fez com que a moda subisse – literalmente – à cabeça das mulheres, e se a roupa e os sapatos eram bem modestos, os chapéus e turbantes eram verdadeiras esculturas. Serviam para dar um ar mais arrumado ao visual, mas também para esconder cabelos mal cuidados e mal cortados, carentes de um salão de beleza.
 
O lenço na cabeça, usado pelas moças que foram trabalhar nas fábricas, logo foi incorporado ao visual feminino em todas as camadas da sociedade. Da operária à mulher do oficial – a única que ainda tinha algum dinheiro para comprar roupas novas.
 
Foi com o dinheiro das mulheres dos oficiais nazistas que a alta costura conseguiu sobreviver, mesmo que em coma, nesse período.
Os historiadores são categóricos em afirmar que, caso a alta costura tivesse parado de produzir por completo durante os anos de guerra, a França haveria perdido para sempre o lugar que ocupa no mapa da moda, o que mudaria completamente o panorama da moda atual.
 
A guerra e Natal
Se à época da guerra Paris era um grande parque de diversões que foi fechado por falta de energia, Natal não passava de uma pequena vila que começava na Ribeira e terminava no Tirol. É difícil para as novas gerações imaginar essa antiga ordem da cidade, onde Ponta Negra era uma distante praia de veraneio.
 
Com os americanos veio também uma revolução significativa nos costumes da cidade. A professora e pesquisadora Josimey Costa registrou no documentário ‘Imagem sobre imagem – a Segunda Guerra em Natal’ depoimentos que remontam a influência que a guerra e a chegada dos americanos tiveram sobre Natal.
 
E o que mais chamou atenção da pesquisadora foi que a guerra era excitante para os moradores da então pacata capital potiguar. “Quando comecei a pesquisa eu tinha a ideia de que foi um período de tensão, que as pessoas viviam oprimidas, com medo da guerra chegar aqui. Mas o que percebi é que as pessoas vivem apesar disso e encontram – mesmo nos períodos mais trágicos – momentos de alegria”.
Os momentos de alegria trazidos pela guerra eram os bailes, a bebida, os chicletes, a música e os belos e jovens soldados de cabelos loiros e olhos azuis – biotipo totalmente diferente dos potiguares. Um dos entrevistados de Josimey no documentário, Alvamar Furtado, fez uma comparação interessante:
“Natal foi invadida por uma multidão de príncipes encantados”.
E quem tem tempo para ficar oprimido com tanta novidade na cidade?
Talvez só mesmo os rapazes natalenses, que perdiam feio para os americanos na hora da paquera. Os nativos eram formais, usavam terno e chapéu de palhinha. Já os estrangeiros, quando não estavam de uniforme, usavam camisas coloridas por fora da calça – sem “ensacar” como dizemos por aqui – e as mulheres achavam isso um charme.
 
Dona Guiomar lembra que os soldados também iam à Casa Rio comprar Chanel Nº 5, outro item escasso que fazia sucesso durante a guerra. E que isso deu margem para um golpe que ficou famoso na época: “tinha gente em Natal querendo dar uma de esperto. Eles pegavam vidros de Chanel Nº 5 e dividiam em vários frascos. Completavam com outro perfume barato e vendiam para os americanos. Eles eram loucos por esse perfume, e compravam muito. Muitos caiam no golpe”, conta.
Também foram os americanos que trouxeram os calções curtos de helanca para os banhos de mar em Ponta Negra e Areia Preta. Antes disso, os rapazes natalenses usavam calções compridos na praia.
As moças passaram a querer usar maiô aberto nas costas, como as atrizes de Hollywood e as pin-ups dos calendários.
 
Mas por aqui a vigilância dos pais ainda era severa, e as mães geralmente cobriam as costas do maiô com uma peça de croché.
Foi a época também em que as mulheres começaram a usar calças compridas à la Marlene Dietrich. Só as solteiras usavam, não ficava bem para uma mãe de família andar de calças por aí.
E as moças que usavam eram “mal faladas”.
Os cabelos eram cacheados com bobs, as moças perdiam horas ondulandos os fios. Apesar do racionamento de tecidos no resto do mundo ter feito as saias minguarem, por aqui elas ainda eram rodadas. Ideais para balançar e rodopiar nos bailes do América.
Há estudos que defendem que nem tudo foram flores nesse período. Os preços por exemplo subiram vertiginosamente. Havia muito dólar circulando, e o comércio cobrava como se todos tivessem o mesmo rendimento dos americanos, quando na realidade a cidade era, de uma forma geral, muito pobre.
Mesmo assim, a maioria das pessoas que viveu aquela época a lembra com saudosismo, como uma época de ouro da cidade.
Talvez porque, em termos de moda e estética, Natal era uma bolha de glamour num mundo castigado pelo racionamento. Não faltava meia-calça nem Chanel Nº 5, mesmo que a maioria da população não tivesse o hábito de usar nem um nem outro.
 
fonte:http://www.ailtonmedeiros.com.br/a-moda-em-natal-na-segunda-guerra/2012/10/30/

A batalha de Moscou enterrou a ideia de Blitzkrieg


 
Batalha de Moscou, Grande Guerra patriotica, hitler
 
No dia 5 de dezembro comemora-se na Rússia o Dia da Glória Militar. Há 71 anos, no início do inverno de 1941, começou a contra-ofensiva das tropas soviéticas nos arredores de Moscou. Desse modo a tentativa de Blitzkrieg fracassou e o mito da invencibilidade do exército hitlerista foi destruído.

Hitler esperava ocupar Moscou dois, três meses depois do ataque à União Soviética. Depois dos primeiros êxitos do exército alemão, ele exigiu do comando “tomar Moscou em 15 de agosto e terminar a guerra com a URSS em 1º de outubro”. Entretanto, tendo recuperado do golpe traiçoeiro, as tropas soviéticas passaram a ações mais ativas contra o inimigo. As encarniçadas batalhas por Smolensk, Leningrado, Kiev, atrapalharam a realização dos planos hitleristas. A Operação Tufão, cujo objetivo era a tomada da capital da URSS, começou somente em 30 de setembro.
As tropas fascistas avançaram sobre Moscou durante dois meses. Eles chegaram do noroeste e sudoeste, mas permaneceram a 40-45 quilómetros da capital. Hitler estava tão certo do término bem sucedido e em breve da operação, que deslocou parte da aviação para o Mar Mediterrâneo, para ajudar Mussolini.
 
Mas em 5 de dezembro as tropas soviéticas passaram à contra-ofensiva. “Não há para onde recuar – atrás está Moscou”, com este pensamento os soldados iam ao combate e lutavam até a morte. Os alemães estremeceram e começaram a recuar. A vitória da URSS na batalha por Moscou foi um momento de virada na Segunda Guerra Mundial – considera o dirigente científico do Centro de História das Guerras e Geopolítica, Oleg Rjechevski:
 
“A batalha de Moscou foi o início da chamada virada radical na guerra. É que a derrota das tropas fascistas alemãs nos arredores de Moscou significou o fracasso da guerra-relâmpago contra a União Soviética. Se nós abrirmos documentos alemães, veremos que a operação, segundo o plano Barbarossa deveria terminar em 5 meses. Por isso a derrota das tropas alemãs nos arredores de Moscou significou que a Alemanha perdeu o plano Barbarossa, e tinha pela frente uma guerra longa e ainda para mais, no inverno, para a qual ela não estava preparada.
 
Em um mês, o Exército Vermelho já tinha expulso as tropas alemãs a 100-250 quilómetros da capital soviética. Foram totalmente libertadas dos invasores nazistas as regiões de Moscou e Tula, as grandes cidades de Kalinin (atualmente Tver) e Kaluga. Os inimigos trocaram de papéis: o Exército Vermelho desenvolveu uma ofensiva geral, e os alemães recuaram. O mais importante, talvez, foi que ,os soviéticos acreditaram na própria possibilidade de expulsar o inimigo de sua terra – assinala o historiador Andrei Sakharov:
“A direção alemã, naquele momento, ainda não tinha consciência de que praticamente ocorrera uma viragem na guerra. Apesar de terem sofrido uma derrota, perdido muitos homens e equipamentos, o poderio de seu exército era ainda extremamente grande. Isto foi mostrado pelas batalhas posteriores, pela invasão no sul, no Volga. Entretanto a derrota moral teve grande significado: os alemães, desde o início da Segunda Guerra Mundial, nunca tinham encontrado resistência tão tenaz e, o que é mais importante, bem-sucedida.”
 
A batalha nos arredores de Moscou em 1941-42 entrou na história da Segunda Guerra Mundial como uma das maiores e mais sangrentas. As batalhas ocorreram num território de quase 1000 quilómetros na frente e 400 quilômetros em profundidade, o que, em área, se equipara à Inglaterra, Irlanda, Islândia, Bélgica e Holanda somadas. Os combates duraram mais de 200 dias e neles participaram, de ambas as partes, mais de 7 milhões de soldados, dos quais um milhão e meio ficou para sempre nos campos de batalha.
 
fonte:http://portuguese.ruvr.ru/2012_12_04/A-batalha-de-Moscou-enterrou-a-ideia-de-Blitzkrieg/

Batalha do Bulge da II Guerra Mundial




Vincent Vicari foi membro da 101ª divisão americana de pára-quedistas que conseguiu conter a ofensiva alemã em Bastogne. Foto: AP Vincent Vicari foi membro da 101ª divisão americana de pára-quedistas que conseguiu conter a ofensiva alemã em Bastogne


No dia 16 de dezembro de 1944, a Alemanha nazista lançava nas Ardenas belgas sua última grande ofensiva, que seria uma das batalhas mais sangrentas da Segunda Guerra Mundial: a batalha do Bulge. Seis meses depois do desembarque na Normandia e quando os belgas se preparavam para celebrar seu primeiro Natal em liberdade depois de cinco anos, Hitler pretendia dividir a Bélgica em duas, alcançar o porto de Antuérpia e isolar assim os exércitos aliados que combatiam na Holanda.
  • Às 5h30, o ataque começou a partir de Monschau, na fronteira entre Alemanha e Bélgica, e de Echternach em Luxemburgo. As tropas avançadas americanas foram pegas de surpresa. Para os civis começou um novo êxodo em pleno inverno. Durante os dois primeiros dias da ofensiva, as colunas blindadas SS romperam as defesas americanas, cometendo atrocidades sobretudo na região de Stavelot e de Trois Ponts, ao norte das Ardenas. O caos nas linhas aliadas era quase total. As SS lançaram por trás das primeiras linhas inimigas pára-quedistas disfarçados com uniformes americanos que falavam inglês perfeitamente, responsáveis por executar atos de sabotagem e espalhar boatos entre os oficiais dos Estados Unidos. Em Bastogne, a 101ª divisão americana de pára-quedistas que chegava em caminhões de Reims (leste da França), conseguiu conter a ofensiva alemã, mas a cidade estava completamente cercada. O general George Smith Patton, no comando do Terceiro Exército, lançou então uma contra-ofensiva em meio a uma forte nevasca. Em Bastogne, o general Tony McAuliffe resiste e não aceita a rendição. Uma semana depois do início da ofensiva, graças às melhores condições climáticas, a aviação aliada conseguiu agir com todo seu poderio bélico contra os "panzer" alemães e abastecer a sitiada Bastogne. Até o Natal, a batalha causou furor, mas no dia 26 de dezembro, Patton conseguiu romper o cerco de Bastogne e executar um avanço estratégico que seria decisivo para o resultado final da batalha. As posições se mantiveram relativamente estáveis até 17 de janeiro, mas pouco a pouco os alemães começaram a perder terreno, à medida que grande parte de seus blindados era destruída ou ficava imobilizada pela falta de combustível, que eles pensavam em roubar dos aliados. Sangrentos combates, inclusive corpo a corpo e com armas brancas, foram registrados até 18 de janeiro de 1945, data oficial do fim da batalha das Ardenas. Porém, apenas no dia 31 de janeiro as tropas alemãs foram empurradas para mais além da linha de frente da qual haviam partido em 16 de dezembro. Esta vitória, particularmente dolorosa - quase 15 mil mortos americanos e 2,5 mil civis belgas - acelerou bastante o fim da guerra. Hitler jogou tudo nas Ardenas. Os homens e o equipamento perdidos nesta batalha fizeram falta algumas semanas depois na defesa de seu território. A história do começo ao fim da companhia Easy, da 101ª Divisão de pára-quedistas, é narrada na minissérie para a televisão "Band of Brothers", de Steven Spielberg e Tom Hanks, com dois episódios sobre a batalha do Bulge.
  • fonte: http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI440712-EI2418,00-Batalha+do+Bulge+da+II+Guerra+Mundial+faz+anos.html