quarta-feira, 12 de setembro de 2012

EBEN EMAEL - BÉLGICA - 1940

Pára-quedistas alemães descem de um planador DFS 230
Em 1940, a fortaleza belga de Eben Emael era considerada inexpugnável, mas isso apenas até entrarem em ação as novas e revolucionárias tropas alemãs.
No dia 10 de maio de 1940, exatamente às 4h30, aviões Junkers Ju 52 levantaram vôo do aeroporto de Cologne-Ostheim, cerca de 120 km a leste da fron­teira holandesa, rebocando onze planadores militares DFS 230 alemães. Os planadores transportavam a Seção de Assalto "Granito", constituída de dois oficiais e 83 homens, todos engenheiros e excelentes pára-quedistas requisitados da 7ª Divisão Aerotransportada da Luftwaffe.
Pára-quedista alemão do 3º Regimento na Holanda em 1940. Ele está armado com a famosa submetralhadora alemã MP 38/40. Por baixo de seu uniforme verde, ele usa o uniforme azul da Luftwaffe.

Os DFS 230 estavam a caminho da até então inexpugnável fortaleza belga de Eben Emael e, se tudo corresse de acordo com o planejado, seriam rebocados durante 25 minutos e soltos sobre a fronteira holandesa, a grande altitude, de onde planariam em direção ao objetivo. Sua missão consistia em destruir as fortificações e armas de Eben Emael, antes que pudessem retardar o avanço das forças terrestres alemãs mediante a demolição das pontes sobre o canal Albert.
Tratava-se de uma linha de defesa importante, que ameaçava dificultar a invasão dos Países Baixos e da França, planejada por Hitier para maio de 1940. 06.° Exército alemão só teria condições de executar o plano deslocando-se com rapidez entre Roermond e Liège se Eben Emael fosse tomada.
Concluída em 1935, a fortaleza situava-se estrategicamente numa montanha rochosa que dominava a parte mais importante do canal Albert. A entrada tinha a proteção de um fosso cheio de água. Eben Emael era construída em diversos níveis e dispunha de 64 pontos de defesa, equipados com várias peças de artilharia, um canhão giratório de 120 mm, canhões anticarro e antiaéreos. Todos achavam-se protegidos por pesadas abóbadas de aço, algumas com blindagem de 30 cm de espessura.
Os belgas estavam convencidos de que nada poderia destruir a poderosa fortificação, exceto bombardeios aéreos intensos e prolongados. Campos minados e cercas de ara­me farpado dificultavam o acesso dos eventuais invasores em direção aos abrigos circulares para canhões, defendidos por metralhadoras de todos os lados.
Os alemães não sabiam ao certo qual a força da guarnição belga, mas acreditavam que o principal oficial em Eben Emael, major Jottrand, tivesse l .200 homens sob seu comando. Já os belgas estavam conscientes de que suas defesas obrigariam qualquer agressor a utilizar toda a força disponível, resultando em um demorado sítio. No decorrer desse tempo, as pontes importantes do canal estariam destruídas e chegariam reforços para continuar a ação de retardamento.
Os homens da Seção de Assalto Granito constituíam o elemento-chave do plano desenvolvido por Hitler e pelo general Kurt Student, comandante de Corpo de Pára-quedistas, para superar esse difícil obstáculo à conquista da França e dos Países Baixos. Eles eram parte do Sturmabteilung Koch (grupo de assalto comandado pelo capitão Koch), encarregado de tomar as pontes Kanne, Vroenhaven e Velt-wezelt, sobre o canal Albert, e a fortaleza de Eben Emael.
O elemento surpresa consistia no desembarque de tropas levadas pêlos planadores a cada um dos objetivos, horas antes da chegada da força principal de invasão. Como, para os alemães, mostrava-se essencial capturar todos esses pontos simultaneamente, o capitão Koch dividiu seu comando em quatro segmentos autônomos, encarregando-os de missões diferentes.
Três das seções de assalto deveriam capturar as pontes vitais: "Ferro", sob o comando do segundo-tenente Schachter, recebeu o encargo de se apoderar da ponte Kanne; "Concreto", liderada pelo segundo-tenente Schacht, , ocuparia a ponte de concreto em Vroenhaven; e o terceiro grupo, "Aço", sob o comando do tenente Aitman, estaria encarregado de capturar a ponte de aço em Veltwezelt. O quarto grupo, a Seção de Assalto Granito, tinha a tarefa mais árdua: a invasão da fortaleza.
Era comandada pelo tenente Rudolf Witzig, um engenheiro de 25 anos com fama de ser oficial dedicado e profissional competente. A partir de novembro, no mais absoluto sigilo, os homens de Koch prepararam-se para a missão, treinando assaltos com planadores à fortificação de Gleiwitz, capturada aos poloneses.
No dia 10 de maio, os DFS 230 levavam para os objetivos um verdadeiro arsenal — cada engenheiro pára-quedista portava um fuzil ou metralhadora, além de 50 kg de explosivos ou outro equipamento essencial. Havia cargas especiais de explosivos presas a longos bastões — para serem introduzidas nas aberturas das casamatas —, similares aos torpedos Bangalore, destinados a abrir buracos nas cercas de arame farpado, e lança-chamas usados em combates a curta distância. As armas mais importantes, no entanto, eram as Hohlladung (cargas côncavas), compreendendo vinte peças de 50 kg e 28 de 12,5 kg. Com esses petardos, os homens de Witzig pretendiam abrir caminho para penetrar na fortificação belga.
Durante o deslocamento para Eben Emael, a Seção de Assalto Granito perdeu dois de seus plana­dores. Um deles, que transportava o tenente Witzig, teve partida a corda usada para rebocá-lo, e o piloto precisou fazer um pouso forçado em território alemão. Um segundo planador também foi obrigado a voltar e descer perto de Düren, devido a uma pane no motor do Ju 52 a que estava ligado.
Por causa desses imprevistos, apenas nove plana­dores conseguiram atingir o platô de Eben Emael, às 5h20. Dois tiveram dificuldades para pousar, o que impediu seus pára-quedistas de participarem efetivamente do assalto. A guarnição belga foi pega de surpresa e permaneceu numa considerável confusão durante a batalha, embora estivesse em estado de alerta desde as 3h, devido aos movimentos das tropas alemãs ao longo da fronteira.
Sargento da arma de infantaria do Exército belga em 1940. Sua arma é um fuzil belga 7,65 mm Mauser M1889, que é uma cópia do fuzil alemão.

O fato é que, no mês anterior, três alarmes semelhantes não tinham resultado em nada, e, portanto, parecia não haver urgência em responder. Para piorar a situação, embora os alemães acreditassem existi] uma guarnição de l .200 homens em Eben Emael, no dia do ataque só havia setecentos em serviço.
Dos restantes, uma parte estava de licença e os outros tinham sido destacados para alojamentos nos vilarejos e fazendas próximas. A ausência desses quinhentos homens representou séria desvantagem para os defensores belgas.
A guarnição não esperava um ataque alemão, e alem disso demorou para reagir porque julgou que os planadores fossem britânicos ou franceses. Alguns sol dados belgas declararam posteriormente acredita que os planadores fossem aviões de reconhecimento inimigos avariados.
Contudo, os belgas logo perceberam o engano: quando os 55 homens do comando de Witzig saltaram dos planadores, foram recebido por sirenes, luzes e rajadas de balas traçantes. Apesar disso, os pára-quedistas iniciaram a operação, cuidadosamente ensaiada.
Na ausência de Witzig, o sargento Heimut Wei zel assumiu o comando e dirigiu a primeira e crucial etapa do ataque — vinte minutos de pressão incessante —, que conseguiu paralisar as defesas de Eben Emael. As cargas côncavas, vistas pela primeira vez em ação efetiva, surpreenderam os próprios atacantes por sua capacidade destrutiva. As abobade de aço foram destroçadas uma a uma.
Uma equipe, liderada pelo sargento Niedermeie atacou a casamata 18, no lado sul da fortaleza. Usai do apenas uma carga côncava de 50 kg, Niedermeif destruiu a cúpula de aço da casamata. Em seguid. dois de seus homens colocaram cargas de 12,5 t numa porta de aço embaixo do cano de um dos canhões de 35 mm. A intensidade da explosão, o ir pacto de suas ondas de choque e o buraco aberto na abóbada deixaram Niedermeier impressionado.
Do lado de dentro, os artilheiros belgas tinham s do arrancados de seus assentos e o restante dos homens, arremessados contra as paredes da casam ta. Niedermeier guiou sua equipe através do buraco e saiu em perseguição aos belgas sobrevivente que haviam abandonado o local e fugido para o sistema de túneis existente embaixo da fortaleza. E todos os pontos de Eben Emael, outros grupos ai mães também usavam suas cargas côncavas com um efeito devastador.
O sargento Peter Arent, comandante do 3.° Esquadrão, foi um elemento chave na fase inicial do ataque. Seu planador pousou a menos de 50 m de Eben Emael e imediatamente passou a receber o fogo de armas leves. Carregando pacotes de explosivo, Arent e seus homens correram pelo campo aberto, perseguidos por disparos de traçantes, em direção ao muro de concreto da fortaleza.
Ele colocou a carga côn­cava ao lado de uma abóbada, que explodiu com barulho terrível, abrindo enorme buraco. A frente do grupo, disparando sua submetralhadora, Arent dominou rapidamente os defensores e preparou-se para um eventual contra-ataque.
Logo em seguida, porém, chegaram ordens de Wenzel para que atacasse outro ponto de defesa e destruísse duas armas antiaéreas ali existentes, que ameaçavam atrapalhar os demais grupos de pára-quedistas no assalto à fortaleza. Outra carga côncava silenciou as armas.
Cenas reais dos combates em Eben Emael. Um lança-chamas alemão ataca uma casamata belga.
O major Jottrand, comandante de Eben Emael, perdera o controle da situação durante a fase inicial do assalto e não conseguia organizar uma resistência coordenada. Deu ordens para que as baterias de campanha das redondezas atirassem contra a própria fortaleza, numa tentativa desesperada de desalojar os ale­mães. Porém não tinha idéia da força do inimigo, que tomava cada ponto de defesa. De seu posto de comando, situado bem no centro de Eben Emael, o barulho e as ondas de choque das cargas côncavas atingiam níveis insuportáveis. A sensação devia ser ainda pior, pois ele acreditava que a fortaleza poderia resistir ao impacto de qualquer carga explosiva convencional.Ao cair da noite, as principais posições defensivas da fortaleza estavam reduzidas a ruínas.
Às 8h30, um solitário planador alemão atravessou o pesado fogo antiaéreo belga e pousou em Eben Emael: o tenente Witzig havia se reunido a seus homens. Depois do pouso forçado na Alemanha, ele providenciara rapidamente outro Ju 52 de reboque e, após algumas tentativas frustradas, conseguira levantar vôo. Assim que recebeu o relatório de Wenzel, o tenente ordenou que os pára-quedistas atacas­sem e destruíssem as instalações de Eben Emael, ainda em poder dos belgas. Estes, no entanto, reagiram com fogo pesado e obrigaram os alemães a se retirar para o abrigo de diversas casamatas capturadas. Os belgas haviam se recuperado o suficiente para lançar um contra-ataque da infantaria - o único que empreenderam.
durante a tarde, os bombardeiros de mergulho Stuka atacaram alvos específicos na fortaleza e em torno dela, silenciando vários focos de resistência. Ao cair da noite, as principais defesas de Eben Emael estavam reduzidas a ruínas. Wotzig, no entanto, temia uma ataque noturno contra a sua força, que estava dispersa , e ordenou que seus homens abandonassem alguns dos pontos de defesa capturados e se concentrassem nas áreas mais seguras.
Embora Witzig esperasse que os belgas lançassem um contra-ataque na noite de 10 para 11 de maio, ficou surpreso com a falta de combatividade da infantaria inimiga. Posteriormente, recordou o fato: "Nada aconteceu naquela noite. Após os pesados combates durante o dia, os soldados deitaram-se exaustos, sob o fogo de artilharia e infantaria belgas do lado de fora da fortificação. Cada rajada podia significar o início do contra-ataque que esperávamos, e nossos nervos estavam tensos. No entanto, faltava ao inimigo vontade de lutar".
Às 7h do dia 11 de maio, um destacamento de combatentes alemães do 51° Batalhão de Engenharia, sob o comando do sargento Portsteffen, chegou a Eben Emael e estabeleceu contato com Witzig, após a difícil travessia do canal num bote de borracha. Poucas horas depois, os soldados de um regimento de infantaria alemão juntaram-se a eles, e os homens de Witzig retira­ram-se da batalha. Depois de mais duas horas de árduos combates, em grande parte subterrâneos, os alemães foram surpreendidos pelo som de um clarim solitário e por uma bandeira branca: o major Jottrand estava disposto a render-se. A batalha chegara ao fim.
Eben Emael era considerada a mais sólida fortaleza européia. No entanto, as cargas côncavas arrasaram suas muralhas e casamatas, e a guarnição de mais de setecentos soldados foi derrotada por algumas dezenas de engenheiros pára-quedistas alemães. A unidade de Witzig perdeu seis homens e teve vinte feridos — um terço de sua força original — na ba­talha de um dia, mas conseguiu inutilizar a maior parte das casamatas de Eben Emael. A Seção de As­salto Granito teve uma atuação fundamental para que o restante do grupo de assalto capturasse, intacta, a maioria das pontes do canal Albert, permitindo que as forças terrestres alemãs cruzassem a fronteira belga. Só a ponte Kanne foi destruída pêlos defensores, que conseguiram detonar várias cargas de demolição enquanto os pára-quedistas estavam pousando.
Pelo vitorioso assalto, Witzig recebeu a Ritter-kreuz (Cruz de Cavaleiro) e foi promovido a capi­tão. Mais tarde, ele declarou que seu sucesso se de­via ao elemento surpresa, ao efeito devastador das cargas côncavas e à falta de apoio externo para a guarnição belga. No entanto, o êxito também resultou do treinamento e planejamento extremamente eficazes que precederam o ataque: cada um dos homens sabia com clareza o que fazer, encontrava-se no auge da forma física e era capaz de demonstrar iniciativa própria. Foi assim que o tenente Wenzel assumiu o comando e liderou a fase mais crítica da operação, na ausência de Witzig. A captura de Eben Emael foi, talvez, o melhor exemplo de operação audaciosa com tropas aerotransportadas na Segunda Guerra Mundial. Apesar da perda de dois planadores, os pára-quedistas alemães desempenharam suas tarefas com grande determinação e abriram caminho para que seus exércitos conquistassem a Europa ocidental.
TREINAMENTO INTENSIVO A captura de Eben Emael mostrou-se vital para ô sucesso da ofensiva alemã contra os Países Baixos em maio de 1940. Seis meses antes da operação, os homens do grupo de assalto do capitão Koch passaram por um programa de treinamento secreto rigoroso. O tenente Rudolf Witzig, comandante da Seção de Assalto Granito, participou do treinamento para o revolucionário assalto com pára-quedistas à fortaleza: "O sigilo era vital, uma vez que nosso sucesso dependia de pegarmos o inimigo de surpresa. Todos nós tínhamos consciência disso, ;e algumas vezes foi necessário tomar medidas drásticas; nosso treinamento, os detalhes do equipamento, as táticas e os objetivos deviam permanecer em absoluto sigilo. Ninguém podia sair de licença nem se misturar com homens de outras unidades. "Até o treinamento com planadores na região de Hildesbeim foi feito na maior discrição: os aparelhos eram desmontados, Si levados para Colônia num caminhão fechado e novamente montados em hangares protegidos por nossos próprios homens. "Depois que as instalações para treinamento de Hildesheim foram amplamente utilizadas, o grupo passou a praticar ataques a posições y 4 bem defendidas na região dos Sudetos, e também a fazer operações simuladas de demolição nas instalações polonesas perto de Gleiwitz. Nas aulas da escola de Karishorst aprendemos os princípios da construção de fortalezas. Finalmente, desertores das fortificações belgas foram interrogados e nós pudemos comparar o que tínhamos aprendido com as informações que eles nos davam. "Assim, o quadro ficou completo e os sapadores adquiriram confiança nas armas: nenhum de nó; teria trocado de lugar com quem quer que fosse nem mesmo com os homens em fortificações blindadas".
Homens do Sturmabteilung Koch (grupo de assalto comandado pelo capitão Koch),
reunidos após o assalto a Eben Emael


Em meados da década de 30, a Força Aérea e o Exército alemães começaram a formar seu grupo de assalto de pára-quedistas. No dia 1.° de outubro de 1938, a guarda pessoal de Hermann Goering foi transferida para a Luftwaffe, sob o nome de Regimento General Goering. Voluntários desse grupo partiram então para Altengrabow, onde se formava o primeiro regimento de pára-quedistas armados com fuzis. Ma primavera de 1936, o Exército alemão iniciou treinos com a nova unidade de pára-quedistas, Dois anos depois, usou-a na ocupação dos Sudetos. Em 1.° de janeiro de 1939; ela foi transferida para a Luftwaffe. Em julho de 1939, o general Kurt Student passou a comandar na Força Aérea a recém-formada 7ª Divisão Aerotransportada, que não ficou pronta a tempo de participar dos combates iniciais da guerra da Segunda Guerra Mundial. Em abril de 1940, seus pára-quedistas aluaram na Noruega, em especial no socorro a Narvilc. O assalto à fortaleza belga de Eben Emael e a captura das pontes no canal Albert em maio suplantaram as façanhas na Noruega e abriram caminho para outros triunfos alemães na. Europa, no Mediterrâneo é no norte da África.
PLANADOR DFS 230
O ataque alemão a Eben Emael foi uma das operações aéreas mais audaciosas da Segunda Guerra Mundial. Para seu êxito, os pára-quedistas dependiam de uma arma de guerra jamais experimentada em ação: o planador de assalto. O DFS 230 foi projetado por Hans Jacobs e colocado em vôos de teste no final de 1937. Altos oficiais alemães, em particular Ernst Udet, ficaram muito impressionados com essas experiências e logo encomendaram uma versão , para fins militares. Embora o aparelho não passasse de um modelo ampliado de um planador convencional, apresentava DFS_230_germany_planador_GLINDER.jpg (466700 bytes) desempenho admirável quando utilizado com pequenos grupos de ataque. Tinha capacidade para transportar 272 kg de carga, além dos homens, e podia planar por 20 km quando solto a 2.000 m de altitude. Todavia, a prática demonstrou que o DFS 230 era extremamente vulnerável ao fogo terrestre inimigo em sua descida lenta e rasante. Os modelos posteriores, trouxeram soluções para esses problemas: as novas versões possuíam um equipamento de pára-quedas para reduzir as distâncias de pouso e uma metralhadora MG15 de 7,9 mm, colocada atrás do cockpit, para fogo supressivo. Alguns planadores também tinham duas MG34 presas no nariz do aparelho. Entretanto, o DFS 230 apresentava uma grande desvantagem: a capacidade de carga muito reduzida, o que limitava seu uso. Mesmo assim, a produção do planador continuou até abril de 1942, quando se passou a construir o 1022.
Características gerais DFS 230 A-1
Tipo: Planador de assalto.
Origen: Deustches Forschungsinstitut für Segelflugzeug, produzido por Gothaer Waggonfabrik e outras marcas.
Versões: DFS 230A-1, B-1, C-1 e F-1.
Cumprimento: 11,24 m.
Altura: 2,74 m.
Envergadura: 20,87m.
Peso vazio: 860 kg.
Peso com carga máx.: A-1/2.090 kg; B-1/ 2.100 kg.
Velocidade de reboque: 210 Km/h.
Velocidade limite de descida: 290 Km/h.
Tripulação: 1 piloto mais 8 passageiros;
Armas: Alguns modelos, uma MG 15 de 7,92 mm.
Estrutura: Fuselagem em tubos de aço, revestida com tecido de dope; Asas de madeira revestidas com compensado; Spoilers na parte superior das asas eram largadas após a decolagem só patim para pouso, sob a fuselagem.

Rudolf Witzig
Rudolf Witzig nasceu em 14 de agosto de 1916 em uma família de classe média baixa. Em 1935, com 18 anos alistou-se no exército alemão. Candidatou-se a oficial e em 1938 tinha atingido o posto de Leutnant (2º Tenente).
Ten. Rudolf Witzig condecorado com a a 1ª e 2ª classes da Cruz de Ferro e com a Cruz de Cavaleiro.
Aqui, o Tenente Witzig, pós-Eben Emael, está usando a sua Cruz de Ferro em um uniforme dos Fallschirmjäger.

Neste mesmo ano ingressou na recém-criado Fallschirmtruppe (Tropas de pára-quedistas) e serviu num batalhão comandado pelo Major (e mais tarde General) Richard Heidrich. Pelo começo da Segunda Guerra Mundial ele foi promovido a Oberleutnant (1° Tenente) e servia como o comandante da Kompanie Fallschirm-Precursores do 2° Batalhão, do 1° Regimento de Pára-quedistas. Sua Kompanie foi unida ao 1º Batalhão, do 1º Regimento de Pára-quedistas sob o comando do Hauptmann (Capitão) Walter Koch em maio de 1940 para o assalto a Emael de Eben, a fortaleza belga que guarnecia o Canal Albert.
Witzig estava no comando da seção de assalto Granito que tinha a missão de aterrissar de planador dentro da fortaleza. Três outras seções também sob o comando de Koch estavam encarregadas de tomar as três pontes sobre o Canal Albert.
O planador que transportava o tenente Witzig, teve partida a corda usada para rebocá-lo, e o piloto precisou fazer um pouso forçado em território alemão. Witzig reuniu-se ao seu grupo cerca duas horas depois um par de horas mais tarde. Depois do pouso forçado na Alemanha, ele providenciara rapidamente outro Ju 52 de reboque e, após algumas tentativas frustradas, conseguira levantar vôo. O assalto foi um grande êxito e ele foi condecorado com a Cruz de Cavaleiro pessoalmente por Hitler.
Em maio de 1942 ele foi recebeu o comando do Batalhão de Precursores da 7ª Div. de Pára-quedistas e em agosto daquele mesmo ano foi promovido a Major. Ele se envolveu novamente em combate na África do Norte quando ele e seus precursores foram para o campo de pouso de Tunis em novembro de 1942 para ajudar na linha de defesa ao redor da cidade contra o avanço aliado. Depois disto ele e seus homens foram enviados para a retaguarda para realizarem treinamentos especiais. Em dezembro de 1942, a 3ª Kompanie do Batalhão Precursor saltou das linhas britânicas para romper suas linhas de suprimento e destruir aeródromos e pontes. Porém esta missão foi mal sucedida e a maioria dos pára-quedistas alemães foi morta ou capturada. O remanescente do Batalhão de Witzig foi removido da África antes da rendição geral em maio de 1943.
Em junho de 1944, enquanto os Aliados desembarcavam nas praias da Normandia, Witzig recebeu o comando do 21º Regimento de pára-quedistas precursores (Fallschirm-Pioneer). Sua próxima ação de combate ocorreu em julho de 1944 quando ele e seus homens foram enviados a Lituânia. Tomaram posições defensivas na estrada de Dunaburg-Kovno e esperaram o avanço Soviético. Sofreram pesadas perdas durante os combates, mas conseguiram destruir muitos tanques e infringir grandes perdas a infantaria do inimigo. Eles foram forçados a bater em retirada e foram levados a Alemanha em outubro de 1944 para se reagruparem. Witzig em novembro ele recebeu o comando do 18º Regimento, pertencente a 6ª de Divisão de Pára-quedistas, que estava estacionada na Holanda. Em 25 de novembro ele foi condecorada com a Cruz de Cavaleiros e seu nome foi colocado no rol de honra da Luftwaffe. O 18º Regimento entra em combate pesado na Floresta de Reichswald nos meses de fevereiro e março contra forças canadenses e britânicas muito mais fortes. Seu regimento retirou-se para defender o Reno em março, mas devido a pressão aliada foi forçado a retirar-se mais fundo na Alemanha. Com seu regimento fraguimentado devidos aos constantes combates, ao avanço aliado inexorável, a uma retirada desesperada e a muitas baixas, os sobreviventes do 18º Regimento se renderam aos aliados em 8 de maio de 1945.
Depois que a guerra acabou Witzig foi viver na Alemanha Ocidental. Nos anos cinqüenta ele entrou para o Bundeswehr, o exército alemão ocidental do pós-guerra, onde alcançou o posto de Coronel dentro das tropas de precursores. Foi ainda um membro ativo da Federação de pára-quedistas alemães. Faleceu em 03 de outubro de 2001.

fonte:http://www.tropasdeelite.cjb.net/

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