sexta-feira, 10 de agosto de 2012

A história da morte do marechal Erwin Rommel

Rommel


Um dos segredos do nazismo — a circunstância da morte de Rommel — foi muito bem guardado até o final da guerra, só vindo a ser revelado com a morte de Hitler e a vitória dos aliados.

A versão oficial era de que Rommel havia falecido em razão de sequelas dos ferimentos sofridos quando dois caças britânicos metralharam seu carro, em 17 de julho de 1944, em Livarot, ao sul do Havre. De fato, ele fora gravemente atingido. Mas foram outras as razões de sua morte.

Rommel permanecera em sua casa em Herrlingen, perto de Ulm, convalescendo. Em 14 de outubro (de 1944), já praticamente recuperado, estava em companhia de sua esposa, Lucie-Maria, e de seu filho Manfred, de 16 anos, mas já soldado, quando recebeu a visita de dois generais, Ernst Maisel e Wilhelm Burgdorf. Conver­saram a sós, Rommel e seus dois colegas de farda. O marechal, terminada a reunião, subiu até seus aposentos, onde estavam a esposa e o filho, e comunicou a eles que estaria morto dentro de 15 minutos.

Maisel e Burgdorf haviam dito que tendo Hitler se convencido de que ele participara da conspiração de julho daquele ano, quando o ditador quase morrera num atentado a bomba, oferecera uma escolha: se Rommel se envenenasse, receberia honras de Estado e teria a família preservada. Caso contrário, seria julgado por uma corte marcial, enforcado como traidor e a família internada em um campo de concentração. Rommel preferiu preservar a família.

Manfred argumentou que preferia lutar, começando por matar os dois generais. Rommel não aceitou, até porque haviam soldados das SS nas proximidades da casa. Vestiu sua farda e seguiu com seus dois verdugos. Pouco depois, o mais famoso general (marechal, na verdade) alemão tomava o veneno e morria. Maisel sobreviveu à guerra. Foi feito prisioneiro pelos americanos, mas foi libertado poucos anos depois. Burgdorf suicidou-se no “bunker” de Hitler, quando os russos estavam prestes a tomá-lo. Manfred tornou-se um político estimado, membro da democracia cristã alemã. Foi prefeito de Sttutgart por 22 anos, de 1974 a 1996. Vive ainda.

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